Policiais reforçam ação na Vila das Torres, a favela mais central de Curitiba

A Secretaria da Segurança Pública começou, no início da manhã desta sexta-feira (18), a Operação Parolin-Prado Velho, em Curitiba. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em endereços da Vila Torres e reforçado o policiamento na região. A operação foi programada a partir de investigação da Divisão de Narcóticos da Polícia Civil. Participaram policiais civis e militares, coordenados pelo Centro de Operações Conjuntas, da Secretaria. Os mandados foram cumpridos sob a supervisão de oficiais de Justiça, que acompanharam os delegados e o efetivo da Polícia Militar.

Conforme o delegado-titular da Datox (Divisão Antitóxico) da Polícia Civil, Rogério Martin de Castro, essa etapa da ação policial visa reprimir o tráfico. ?A droga é o início de tudo?, disse, referindo-se a outros delitos contra a vida e contra o patrimônio. Para que o trabalho fosse realizado com segurança, os policiais da Divisão de Narcóticos foram acompanhados por policiais militares da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) da Companhia de Polícia de Choque da PM e da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Motorizadas) do 13.º Batalhão e do Regimento de Polícia Montada.

Em um casa, na Rua Josefina Zelier, foi possível constatar a denúncia de que ali funcionava um ponto de venda de drogas. Os policiais fizeram a busca e encontraram uma balança de precisão com resíduos de substância semelhante à cocaína. ?Vamos mandar o material para exames?, disse Castro. A moradora Marinez Vieira, 29 anos, foi detida e alegou que tanto a balança quanto cerca de R$ 2 mil apreendidos, além de celulares, óculos, jóias e bijuterias que foram encontrados na residência, pertencem ao namorado dela, que não tinha dormido em casa naquela noite. ?O dinheiro, em notas miúdas, nos parece ser proveniente da venda de entorpecente?, avaliou o delegado.

Suspeitas

A mulher será indiciada por associação para o tráfico. Enquanto a casa era revistada, ela contou que o namorado costuma deixar roupas e outros pertences na residência. Havia várias sacolas com objetos pessoais dele no quarto do casal. Ele estaria morando de aluguel numa casa na Vila Parolin. Mas os investigadores não ficaram convencidos com a versão de Marinez. Isso porque na casa estavam ?guardados? documentos pessoais, do carro do namorado dela. Além disso, a polícia tem informações de que ele seria um dos traficantes denunciados e já investigados. ?A partir do depoimento dela vamos dar continuidade ao nosso trabalho?, disse o delegado.

De acordo com o capitão Mário Lúcio de Paula Tatim, que coordena o efetivo da Polícia Militar na operação, essa é apenas a primeira etapa da operação. As demais não podem ser divulgadas, para não atrapalhar os trabalhos. ?O elemento surpresa é uma das armas da polícia no combate à criminalidade?, observou. ?Esse trabalho vem complementar o policiamento e as ações que nós desenvolvemos dia e noite nesta área da cidade, seja no atendimento de ocorrências ou através do Projeto Povo?, disse. Tatim também é o comandante da 2.ª Companhia do 13.º Batalhão da PM, que faz o policiamento na região da Vila Torres, no Prado Velho e no Parolin.

Parolin

Enquanto os policiais faziam o cumprimento dos mandados, outra parte do efetivo que integrou a operação estava na Vila Parolin, reforçando o policiamento. Ali o objetivo também era o de coibir a movimentação dos traficantes, que se prepararam para a comercialização de drogas durante o fim de semana. A partir de informações e investigações levantadas pela polícia, foram escolhidas as áreas onde há suspeita e denúncia deste tipo de atuação dos marginais. ?Fazemos um trabalho repressivo, sem esquecer da parte preventiva também?, disse o delegado. ?É uma operação conjugada em dois locais onde há muitas denúncias de tráfico?, finalizou.

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