O Grupo Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial) com o apoio de policiais das delegacias de Francisco Beltrão e Pato Branco, Sudoeste do Estado, libertaram, na noite de segunda-feira (11), uma mulher de 34 anos, filha de fazendeiros da região, que era mantida refém desde domingo (10). Além de resgatar a vítima sem ferimentos e sem o pagamento do resgate, os policiais prenderam um dos seqüestradores. Outro homem ainda é procurado pela polícia.
?Mais uma vez, o Grupo Tigre e policiais civis das delegacias mostraram sua eficiência solucionando um seqüestro em apenas 30 horas de cativeiro, libertando a refém sem que a família precisasse pagar o resgate. É com certeza o melhor grupo anti-seqüestro do País?, declarou o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.
De acordo com o delegado Riad Farhat, que coordena o Tigre, a jovem foi levada da fazenda onde mora com a mãe, no município de Francisco Beltrão, por volta das 11h30 de domingo. Os seqüestradores invadiram a fazenda, trancaram a mãe da moça em um banheiro e a levaram a garota. A mãe acionou a polícia local que repassou o caso para o Grupo Tigre. Riad contou que, durante as cerca de 30 horas que durou o seqüestro, a vítima foi mantida em cativeiro improvisado, dentro de uma barraca, numa área de mata fechada nas imediações da fazenda onde morava. O resgate pedido pelos seqüestradores era de R$ 150 mil.
Com o apoio dos policiais da 19.ª Subdivisão de Polícia Civil, chefiados pelo delegado Ivonei da Silva, e de equipes da 5.ª Subdivisão, designados pelo delegado Gilmar da Silva, o Grupo Tigre descobriu o local do cativeiro no começo da noite de segunda-feira (11). A polícia foi recebida a tiros pelos bandidos e um deles conseguiu fugir. ?Não tivemos como atirar, porque isso colocaria em risco a vida da refém?, disse o delegado Riad Farhat, do Tigre.
Agora que a refém já está em casa, a polícia trabalha para descobrir a verdadeira identidade do homem que está preso. Gilcemar Paes, 24 anos, alega que trabalhou na região no passado. Como ele pode ter mentido, dando nome falso, todas as informações colhidas pela polícia até agora estão sendo cuidadosamente confrontadas. Uma das hipóteses, dentro das linhas de investigação com as quais a polícia trabalha, é que os dois homens possam ser de Santa Catarina.
Apoio
O Grupo Tigre, especializado em ações específicas onde há reféns, atua em todo o Paraná em seqüestros, roubos, cárcere privado, extorsão mediante seqüestro e rapto. O Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial foi criado em 1990 e conta com equipes treinadas nos mesmos moldes dos grupos internacionais. Os policiais passam por um preparo rigoroso que inclui tiro instintivo e de precisão, com armas curtas e longas, escalada e rapel, mergulho, primeiros socorros, artes marciais, guerra química, além de manter permanente condicionamento nas técnicas de assalto e infiltração.
