Após duas intensas troca de tiros, a Polícia Militar de Franco da Rocha, Grande São Paulo, prendeu na madrugada de ontem sete homens fortemente armados – eles tinham duas metralhadoras, um fuzil, uma espingarda calibre 12, carregadores, farta munição e coletes à prova de bala. A suspeita é de que as armas seriam utilizadas no resgate de presos de um dos sete presídios da região.
As prisões ocorreram em duas ações. Na primeira delas, à zero hora de hoje (20), os policiais suspeitaram de um comboio de três carros que seguia pela Rodovia Tancredo Neves e abordaram um deles, um Fiesta. Os ocupantes não pararam. Perseguidos, passaram a atirar no carro da polícia. Os policiais responderam. No km 41, o motorista perdeu o controle e o veículo capotou. Os ocupantes tiveram ferimentos leves. No carro, policiais acharam uma metralhadora, um fuzil, dois carregadores e a espingarda calibre 12. Foram presos Wellington Luís de Mendonça, de 20 anos, e Anselmo Avelino de Souza, de 23.
Quatro horas depois, na Estrada do Governo, na mesma região, PMs viram um Fiat Tipo com cinco homens dentro e sinalizaram para o carro parar. Os ocupantes desobedeceram, acelerando o veículo. Houve nova perseguição e novo tiroteio. Os policiais pediram ajuda à direção de um terminal de ônibus, que providenciou dois veículos para bloquear o trecho onde o carro estava. Foram presos Wellington de Andrade Silva, de 21 anos, Manoel Tomás de Aquino Filho, de 36, Nilson Fernando de Jesus, de 27, Valter Dias do Carmo, de 25, e Craimon Jéferson Silva, de 24 anos. Eles portavam uma metralhadora e munição. Foram autuados em flagrante por porte ilegal de armas, resistência, tentativa de homicídio e formação de quadrilha.
O delegado Fábio Lopes Cenachi suspeita de ligação entre os presos. Ele acredita que as armas tenham sido adquiridas numa fábrica clandestina de fuzis e metralhadoras descoberta em Mauá, na semana passada. "Nossa desconfiança é de que esse grupo estava aqui para resgate de presos. Vamos continuar as investigações para confirmar essa hipótese."