União de esforços de vários setores da Polícia Civil solucionou o arrebatamento de presas no 9.º Distrito Policial, em Curitiba, ocorrido na semana passada. Dos seis responsáveis pela ação, três já estão presos e confessaram a participação no crime. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (15), pelo delegado Rogério Haisi.
As prisões ocorreram durante uma operação realizada na sexta-feira (22), que envolveu policiais do 9.º e do 7.º distritos policiais e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), da Delegacia de Furtos e Roubos e da Delegacia Antitóxicos. A polícia também recuperou uma das armas roubadas da delegacia.
Conforme Haisi, a coordenação da investigação ficou a cargo da Divisão Policial da Capital. As prisões foram realizadas em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. Os investigadores descobriram de que os responsáveis pelo arrebatamento estariam escondidos na casa de uma das presas resgatadas. Lucimara dos Santos Lima, foi presa junto com Luiz Phelip Schebesta, 19 anos, e com o pedreiro Moises Tomé Inácio, 38. ?A partir dessas prisões chegamos aos demais participantes do arrebatamento. Não podemos adiantar detalhes porque ainda estamos trabalhando no caso.?, disse Haisi.
A polícia também prendeu o auxiliar de produção Jhonnatahan Nunes de Oliveira, 18. Ele confessou a participação no arrebatamento. O rapaz foi preso na seqüência do trabalho policial iniciado em Almirante Tamandaré. Jhonnatahan foi localizado em São José dos Pinhais, também na Região Metropolitana de Curitiba, num posto de combustíveis. No momento em que foi abordado, ele estava com uma pistola, calibre 9 milímetros, com carregador especial para 32 munições. A partir de sua prisão, os policiais conseguiram recuperar a metralhadora levada da delegacia, que estava em poder de dois receptadores, em São José dos Pinhais. Eles iriam dividir com Jhonnatahan o lucro da venda da arma. Os dois também estão presos.
O alvo do arrebatamento eram três mulheres. Além de Lucimara, que estava detida no 9.º DP acusada de furto, foram resgatadas Idiovane Pacheco, que estava detida por receptação e Franciele de Oliveira, que aguardava julgamento por tráfico de drogas. Durante a ação criminosa, a quadrilha deixou as portas das celas abertas, o que permitiu a fuga de 32 mulheres da carceragem do distrito. Das fugitivas, três foram recapturadas e três se apresentaram espontaneamente.
As presas do 9.º DP aguardam transferência para Centro de Triagem da Travessa da Lapa, que está sendo reformado. A transferência é uma medida que está sendo adotada com a desativação das carceragens dos distritos policiais de Curitiba.