Polícia prende quadrilha internacional que aplicava golpes com cartões clonados

O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prendeu em flagrante cinco pessoas acusadas de integrar um esquema internacional de clonagem de cartões de crédito e de débito, que aplica golpes em correntistas, financeiras e empresas de cartões de vários estados do país. O grupo também é acusado de traficar informações financeiras sigilosas para a Europa, alimentando outras quadrilhas que aplicam golpes com cartões clonados. Segundo a polícia, Maximiliano Simon Pelegrini Sosa, 43 anos, que foi preso, seria o líder do grupo. Sosa é brasileiro naturalizado no Uruguai e é procurado pela polícia uruguaia também por clonar cartões.

?Eles deram muito prejuízo a financeiras e empresas de cartões de crédito. Estimamos que o ?lucro? mensal médio da quadrilha era de R$ 1,5 milhão e eles já agiam há pelo menos dois anos?, explicou o delegado-chefe do Cope, Marcus Vinícius Michelotto, que coordenou as ações da polícia. Com o grupo foram apreendidos dezenas de cartões de crédito clonados, carros, notebooks e aparelhos de televisão.

Além de Sosa, foram presos em flagrante Roni Telmo Teixeira, 28 anos, Eduardo Fernandes de Almeida, 28, Fabiano Kokuszka, 31, e Andréa Elizabethe de Miranda, 27. Eudes Paulo da Silva, 31 anos, diretor do clube de futebol amador Vila Hauer (de Curitiba) está foragido. Julio Sosa, que seria irmão do líder da quadrilha, também é procurado. ?Ainda estamos verificando se a identidade do Julio é esta mesmo e se ele realmente é irmão do Maximiliano. As investigações não param por aqui. Ainda temos muito o que fazer?, disse o delegado.

Esquema

A polícia começou a trabalhar no caso há cerca de 30 dias, quando um grupo de representantes de financeiras e empresas de cartões de crédito foi até o Cope para denunciar compras com cartões clonados. Durante as investigações, os policiais descobriram que os irmãos Sosa, junto com Teixeira, distribuíam os cartões clonados para os integrantes da quadrilha em Curitiba. Logo depois, os cartões eram entregues para pessoas ?de confiança? do grupo para que comprassem equipamentos eletrônicos caros, como notebooks e televisores com tela de plasma.

?Era assim que eles lucravam. Compravam os equipamentos e depois revendiam para cidadãos comuns geralmente pela metade do preço. Um notebook comprado por R$ 10 mil no cartão clonado era revendido por apenas R$ 5 mil em dinheiro para uma pessoa que nem sabia do esquema?, explicou Michelotto. Segundo a polícia, Almeida e Andréa repassavam os cartões para que Silva e Fabiano fizessem as compras.

Agora, a polícia tenta identificar dois grupos ligados à quadrilha, responsáveis por recolher informações sigilosas de clientes de bancos e financeiras para depois produzir os clones de cartões. ?Temos fortes indícios de que as informações sigilosas são vendidas na Europa para que outras quadrilhas possam clonar cartões e lucra com isso?, disse o delegado. O grupo é suspeito de já ter agido em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais, onde já eram procurados pela polícia local.

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