Polícia prende maior quadrilha de roubo de máquinas da região de Ponta Grossa

O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) em conjunto com a Delegacia de Castro e policiais do Serviço Reservado da Polícia Militar prendeu quatro integrantes da maior quadrilha de roubo de máquinas agrícolas e fazendas da região dos Campos Gerais.

As prisões foram feitas nesta quarta-feira, na cidade de Ponta Grossa, a 100 quilômetros de Curitiba,. A polícia estima que os ladrões tenham lucrado pelo menos R$ 10 milhões com o maquinário roubado que era revendido em São Paulo, Mato Grosso e Paraná.

?Este é mais um grande trabalho da polícia paranaense que atua com profissionalismo e eficiência para acabar com os grandes criminosos que agem nas regiões rurais do Estado, prejudicando agricultores e a nossa economia?, declarou o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.

Foram presos simultaneamente em suas casas, enquanto dormiam, Jorge de Andrade, 36 anos, apontado com o chefe da quadrilha, Toni Renato Edling, 28, e os irmãos Jessé Borges Pereira, 22, e Samuel Borges Pereira, 24. Edling e os irmãos Pereira são cunhados de Jorge de Andrade.

Com eles a polícia apreendeu duas espingardas, uma pistola, celulares e ainda três carros, um Golf, um Mercedes-Benz Classe A e uma Saveiro. Um caminhão Scânia também foi apreendido pela polícia. De acordo com o delegado do Cope Marco Antônio de Góes os três carros e o caminhão não são roubados e pertenceriam aos integrantes da quadrilha.

?Localizamos várias casas e carros no nome dos integrantes da quadrilha, prova de que os roubos eram muito lucrativos?, disse o delegado. Estima-se que a quadrilha atue na região há pelo menos dois anos e tenha faturado mais de R$ 10 milhões com os assaltos.

Roubos

Segundo a polícia, a quadrilha agia sempre durante a madrugada. ?Eles enviavam primeiro um dos integrantes até a fazenda para fazer o levantamento sobre os maquinários. Geralmente era o Edling, que trabalhava com lubrificação de máquinas e usava a desculpa deste serviço para levantar o que tinha na fazenda?, explicou Góes.

Depois disto, a quadrilha escolhia que tipo de máquina iria roubar e se dirigia até a fazenda durante a madrugada. ?Eles sempre estavam encapuzados. Quando chegavam até o local, parte dos integrantes fazia a família refém, impedindo o contato imediato com a polícia, e a outra parte colocava as máquinas em uma carreta que era usada pela quadrilha?, contou o delegado.

O delegado de Castro, Messias Antônio da Rosa, que também participou das prisões, disse que as investigações estavam sendo realizadas pela polícia desde maio deste ano. Segundo ele, diversos tratores e colheitadeiras já haviam sido roubados em áreas rurais nos municípios de Castro, Piraí do Sul e Arapoti, região dos Campos Gerais. ?Passamos a investigá-los a partir destes roubos e neste trabalho conjunto conseguimos efetuar as quatro prisões?, finalizou.

De acordo com o delegado, três dos quatro presos, já têm passagens pela polícia. ?Os irmãos Samuel e Jessé já foram presos por estupro e o Jorge que liderava a quadrilha estava em liberdade condicional. Ele já tem quatro condenações por roubo e uma passagem por falsidade ideológica?, contou Rosa. A polícia procura agora outras cinco pessoas que também fariam parte desta mesma quadrilha.

Prisões

Na última semana, parte da quadrilha já havia sido desmantelada pela polícia. Os irmãos Geovani Bernardo Manoel e Silvani Bernardo Manoel, além de Leonardo Tertulhano Gonçalves e Everaldo Guerra dos Santos foram presos dentro de suas casas no município de Arapoti, região Nordeste do Estado. A ação policial contou com o trabalho integrado do Cope e da delegacia da cidade. ?Era uma quadrilha muito bem organizada, que preocupava a polícia e os agricultores da região?, relatou Góes.

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