Polícia prende falsos policiais federais que roubavam sacoleiros

A Polícia Civil de Foz do Iguaçu prendeu, na quarta-feira (10), uma quadrilha que usava falsos uniformes e viaturas da Polícia Federal para roubar ônibus de sacoleiros na região Oeste do Paraná. Ao todo, cinco pessoas foram presas depois de 90 dias de investigações. A Polícia Civil estima que a quadrilha já tenha roubado cerca de US$ 400 mil nos últimos seis meses com os produtos roubados.

O bando começou a ser descoberto na semana passada, quando os policiais paranaenses prenderam Jean Carlos José de Souza, 29, e João Isaias de Lima, 19. Eles foram encontrados em um galpão, na região Norte de Foz, que era usado para guardar os produtos roubados. No local, a polícia apreendeu diversos aparelhos eletrônicos e dois veículos roubados. ?Eles também roubavam carros e os levavam para o Paraguai?, contou o delegado operacional Marco Antônio Góes, da 6.ª Subdivisão Policial de Foz do Iguaçu.

Na noite de quarta-feira, a polícia prendeu Mauro Sergio Carnevali, 31, apontado como líder da quadrilha, que caminhava por uma rua do Centro da cidade. No mesmo dia, foram presas Cariane Ferreira, 20, e Maria Inês Graça Ribas, 28, assim que chegavam no lado brasileiro da Ponte da Amizade. ?Elas retornavam do Paraguai, onde venderam um veículo, modelo Gol, roubado no Brasil. Eram elas as responsáveis por levar para lá os veículos que a quadrilha roubava aqui?, explicou. Segundo o delegado, a quadrilha também é suspeita de realizar vários roubos em Santa Catarina.

Disfarce

Segundo a polícia, a quadrilha agia de maneira estruturada. Primeiro, um dos integrantes se hospedava em hotéis costumeiramente utilizados por sacoleiros. Assim, conseguiam informações sobre a quantidade e tipos de produtos comprados no Paraguai e o roteiro dos sacoleiros. Depois de escolherem as vítimas, os assaltantes iam para a estrada na saída de Foz do Iguaçu, disfarçados com uniformes da Polícia Federal e uma falsa viatura caracterizada, onde montavam blitze. ?A quadrilha parava vans, veículos e ônibus e agia com violência. Temos um caso em que a quadrilha disparou 30 vezes contra o veículo?, contou Góes. De acordo com a polícia, ainda há mais pessoas envolvidas, que estão sendo investigadas. Os presos estão na Cadeia Pública Laudemir de Neves.

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