Uma equipe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prendeu, em Curitiba, dois homens acusados de falsificar carteiras de identidade. O funcionário da Assembléia Legislativa do Paraná Hélio Silva Ursolino, 59 anos, e João Carlos de Souza Salgado, 30, foram presos em flagrante no posto do Instituto de Identificação da Rua da Cidadania, no bairro Fazendinha. Outros dois homens, identificados como Jhonne da Silva, 22 anos, e Joceandro Vaz da Silva, 29, estão sendo procurados pela polícia acusados de fazerem parte da quadrilha.
De acordo com o delegado Marco Antônio Góes, do Cope, a quadrilha vendia as carteiras falsas e também usava os documentos em benefício próprio. ?Mudando de identidade, eles conseguiam ?limpar? a ficha criminal e, assim, aplicar golpes?, declarou Góes. Segundo o delegado, na semana passada, Jhonne da Silva e Joceandro Vaz da Silva foram até um posto do Instituto de Identificação, no bairro Fazendinha, e, com certidão de nascimento falsa, tentaram dar entrada nas carteiras de identidade. ?Desconfiado de que as certidões eram falsas, um funcionário do Instituto entrou contato conosco. A partir de então passamos a investigar o caso?, disse o delegado.
Alguns dias depois, orientado pela polícia, o funcionário do Instituto de Identificação ligou para os dois homens informando que eles poderiam ir buscar as carteiras de identidade. ?Fomos até o local e ficamos aguardando. Quem compareceu para fazer a retirada foi o Salgado e o Ursolino. Eles estavam com uma procuração e foram presos em flagrante?, comentou o delegado.
Os detidos já têm diversas passagens pela polícia pelos crimes de extorsão e estelionato. Eles foram autuados por formação de quadrilha, falsidade ideológica e tráfico de influência. Segundo o delegado, Hélio ligou para o Instituto de Identificação e se identificou como funcionário da Assembléia Legislativa. No telefonema, ele teria solicitado agilidade na liberação das carteiras de identidade, o que levantou suspeitas no funcionário do Instituto. ?Essa ligação telefônica caracteriza o tráfico de influência?, comentou o delegado. Após a ligação, o funcionário teria ficado desconfiado e avisado a polícia.
