O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prendeu, na tarde desta terça-feira (14), dois cambistas nas imediações da Arena da Baixada, onde será realizado, na quarta-feira (15), o jogo entre Atlético Paranaense e Pachuca do México, em Curitiba. Eliel Gonçalves, 39 anos, Gilson Osmar Fernandes, 31, foram presos por crime contra a economia, por vender ingressos para a partida. Nesta quarta-feira o Cope também vai intensificar a fiscalização para evitar a ação dos cambistas.
Os ingressos mais baratos estão sendo vendidos a R$ 25,00 nas bilheterias da Arena. Mas os cambistas revendem esses bilhetes a R$ 40,00, em média. ?Os cambistas compram antecipadamente o ingresso, e depois revendem aos torcedores que preferem pagar mais caro em vez de ficar na fila da bilheteria?, explicou o delegado chefe do Cope, Miguel Stadler.
O crime contra a economia popular prevê pena de seis meses a dois anos de detenção, após a condenação da Justiça. Inicialmente, os detidos assinaram termo circunstanciado e foram liberados. Eles terão que comparecer em juízo e, além da pena de detenção, poderão prestar serviços à comunidade. Gonçalves já tinha antecedentes por furto e tráfico de drogas e Gilson Olmar Fernandes, um antecedente por lesão corporal.
Carteira de estudante
O Cope monitora a venda de ingressos por cambistas em shows e eventos esportivos de grande porte. A decisão foi tomada após a polícia receber algumas reclamações e denúncias. Além disso, o Cope recebeu reclamações de que algumas pessoas estão utilizando carteiras de estudante falsificadas, ou entrando com carteira de outra pessoa em alguns eventos. ?Para comprar ingressos mais baratos, muita gente se arrisca a usar uma carteira falsa, mas isso pode trazer complicações sérias?, disse o delegado.
Para fiscalizar esta ação, os policiais do Cope irão até a fila de meia-entrada nas bilheterias e verificarão algumas carteiras, por amostragem, para conferir se são realmente genuínas. Segundo Stadler, a falsificação da carteira de estudante é crime de falsidade ideológica. A pena para a falsificação de uma carteira de uma instituição particular é de um a três anos de detenção e a falsificação de uma carteira de estudante de uma instituição de ensino pública é de um a cinco anos de detenção.