Polícia Militar simula desativação de bomba em Curitiba

A equipe antibomba do COE (Comandos e Operações Especiais) da Companhia de Polícia de Choque da Polícia Militar simulou, na tarde desta sexta-feira (17), ameaça de bomba, no estacionamento do Espaço Estação, em Curitiba. O exercício prático faz parte do treinamento dos policiais e integrantes de outras instituições que irão atuar durante as conferências sobre biossegurança e biodiversidade da Organização das Nações Unidas, em Curitiba, no mês de março.

Na simulação, os alunos que participam do curso de Primeira Intervenção em Ocorrência com Explosivo puderam conhecer as técnicas usadas pela equipe antibomba para desmantelar um artefato explosivo com uso do canhão chamado disruptor. ?O canhão dá um tiro de água, usando os princípios da hidrodinâmica, sem causar atrito e com o líquido em altíssima velocidade que rompe a cadeia de acionamento do explosivo. Conforme estudos alemães a chance de desmantelar sem explodir com o uso deste equipamento é de 90%?, disse o tenente Antônio Cláudio Cruz, comandante da Equipe Antibomba do COE. ?Esse procedimento preserva as evidências do artefato para uma posterior perícia?, completou.

Estão em treinamento, além dos policiais e bombeiros militares, integrantes do Exército, da Aeronáutica, da Receita Federal, Polícia Civil, Polícia Federal e Guarda Municipal. Para o simulado foi criada uma situação de ameaça específica de bomba. A simulação começou com a informação que o artefato estaria em uma caixa, no estacionamento. Nos 11 pisos de estacionamento do Espaço Estação foram localizados três objetos suspeitos.

Na varredura, os locais foram isolados e, para que fosse feita a análise mais apurada, entrou em cena o cão de faro Yuri. O animal, da raça labrador, é um dos cães de faro do Canil Central da Companhia de Polícia de Choque da PM. Além dele, a pastor Vicenza, está começando a realizar faro de explosivo. O cabo Domingos, treinador de Yuri, explica que o cão não pode latir devido à vibração, que pode provocar a explosão. ?O gesto que ele faz é sentar ou deitar. É isso que vai indicar que ali há algum possível artefato explosivo?, disse o cabo.

Caso seja encontrado explosivo pelo faro do animal, é acionada a equipe antibomba do COE que irá colocar em prática os procedimentos técnicos. ?A orientação é que ninguém toque no objeto suspeito?, lembrou o tenente Cruz. Ele explicou que esse procedimento é permanente e deve ser adotado toda vez que ocorra uma situação de ameaça de bomba. ?A Polícia Militar faz essa padronização para que o atendimento esteja sempre evoluindo em termos de qualidade?, disse.

O COE possui roupa especial antibomba, que o técnico em explosivo usa para evitar acidentes enquanto estiver fazendo a vistoria visual no objeto encontrado. A partir disso, o canhão disruptor é montado, com um tubo de choque ligado a ele, para que o equipamento possa ser acionado à distância, observadas todas as técnicas de segurança.

O treinamento prepara os agentes da área de segurança que estarão atuando nas conferências da ONU. Cruz fez questão de reforçar que o Brasil não possui histórico deste tipo de ocorrência com bomba. No ano de 2005, o COE atendeu a 21 ocorrências no Paraná com artefato explosivo. Este ano, já foram registrados oito casos. ?Por isso, estamos sempre em constante treinamento, para minimizar riscos?, disse Cruz.

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