A Companhia de Polícia de Choque da Polícia Militar prendeu, nesta sexta-feira, seis integrantes de uma quadrilha acusada de praticar assaltos a carro-forte em todo o Sul do Brasil. “Só nesta última semana o grupo praticou quatro roubos a empresas de Curitiba, cujas vítimas fizeram o reconhecimento dos acusados”, disse o comandante da Companhia de Polícia de Choque, major Milton Isack Fadel Junior. Eles também são suspeitos de outros roubos, que agora serão objeto de investigação. No assalto a um carro-forte que fazia o transporte de valores de uma empresa de material de construção em Curitiba, na noite de quarta-feira, o grupo fez 12 reféns, agiu com extrema violência e levou coletes dos seguranças da empresa de transporte de valores, bem como armas e munição, além de dinheiro e telefones celulares.
Os produtos foram apreendidos com o grupo. A prisão dos paranaenses Valdinei Warmelim de Souza, 27 anos, Gilvimar dos Santos Aleixo, 39, e de Lucimar Soares da Silva, 26, além dos catarinenses Jéferson Guse, de 18 anos, Sérgio do Carmo, 23, e José Carlos dos Santos, 26, foi realizada por equipes da RONE (Rondas Ostensivas de Natureza EspeciaL), com apoio dos policiais militares do serviço de inteligência da Companhia de Choque. Gilvimar, apontado como líder da quadrilha foi quem comandou o assalto de quarta-feira. De acordo com um dos seguranças da empresa de transporte de valores que o reconheceu assim que o viu, ele é extremamente frio e calculista, tendo dado ordens ao restante do grupo até para matar se fosse preciso. “Ele chegou a usar a gerente da loja como escudo humano”, disse.
Com a prisão do bando, a Polícia Militar recuperou os coletes balísticos dos seguranças da empresa de valores, a arma e parte do dinheiro. O grupo começou a ser desmantelado quando a PM recebeu a denúncia de que três pessoas num carro preto rondavam, no final da manhã desta sexta-feira, uma empresa no bairro Boqueirão. Na abordagem, foi constatado que os três suspeitos portavam armas e estavam de espreita para a prática de mais um roubo. Um deles confessou a participação no assalto ao carro-forte na loja de material de construção e indicou aos policiais onde estavam guardados os objetos levados naquela ação. O outro disse que tinha um carro roubado e uma arma na casa dele, em Santa Catarina. Com um telefonema, ele disse ao comparsa que já podia vir a Curitiba.
Com o grupo, a PM apreendeu três pistolas calibre 380, dois revólveres calibre 38 e uma carabina calibre 38. Eles ainda estavam de posse de 12 telefones celulares. Três carros foram apreendidos, sendo que um dos presos informou que um dos veículos é clonado. No porta-malas de um dos carros havia dois trajes completos (terno e gravata) que, segundo o que eles próprios disseram, era a roupa usada para não levantar suspeitas na hora da prática do crime. De acordo com o comandante da Companhia de Polícia de Choque da PM, major Milton Isack Fadel Junior, de posse de detalhes repassados pelo bando, e ainda com os relatos das vítimas, o serviço de inteligência seguirá no levantamento de informações. “De momento é possível dizer que há mais gente envolvida neste esquema”, afirmou.