A Polícia Militar deflagra, neste fim de semana, uma campanha de orientação à população, para conscientizar a comunidade e prevenir um tipo de golpe que vem tirando o sono de muita gente: o falso seqüestro por telefone. ?Não caia nessa!? é o tema da campanha, que será veiculada em emissoras de TV e de rádio, numa parceria das emissoras com a Corporação. Também foi desenvolvido material para outdoors e jornais, além de cartazes que vão ser afixados em locais de grande circulação de pessoas.

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De acordo com o tenente-coronel Jorge Costa Filho, chefe da Comunicação Social da Polícia Militar do Paraná, em virtude da falta de registros confiáveis destes casos não é possível quantificar nem definir padrões da ação dos falsos seqüestradores que aplicam o golpe, o que dificulta o planejamento de ações para inibir esse tipo de crime. ?Junto com a campanha a Polícia Militar está elaborando um banco de dados. Com a colaboração e participação de vítimas com ligações para o telefone de emergência 190 as ameaças sofridas vão ser relatadas e registradas no sistema?, afirma o coronel.

Costa destaca que estes relatos serão importantes, pois vão possibilitar à polícia, nos casos de tentativa de extorsão mediante depósito bancário, identificar os donos das contas e chegar aos autores das ameaças. ?Na Polícia Militar nossa filosofia de trabalho está pautada no policiamento comunitário e para que possamos dar cada vez mais segurança aos paranaenses a população precisa ser nossa parceira?, ressalta o coronel.

O falso-seqüestro é uma das modalidades de golpes por telefone. Os marginais ligam, geralmente a cobrar, para uma pessoa escolhida aleatoriamente. A partir do momento em que a vítima em potencial aceita a chamada e a ligação é completada, começa a ser ameaçada. Do outro lado da linha alguém agressivo mente que um familiar da vítima está sendo feito refém. ?Tudo tem uma dose extra de realismo porque geralmente o marginal acaba levando a pessoa a confirmar detalhes do próprio familiar, causando confusão em quem está sendo ameaçado?, disse o coronel Costa.

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Acreditando que está realmente diante de um seqüestro, a vítima é levada a crer que se avisar à polícia ou entrar em contato com outros parentes, o suposto seqüestrado corre risco de ser morto. O pedido de resgate vem com a determinação do valor e a indicação de um número de conta bancária para depósito da quantia solicitada. Existe também pedido de compra de créditos telefônicos. ?A vítima não deve agir pelo impulso e sim tentar conversar com o parente supostamente seqüestrado e também avisar à polícia, para que providências possam ser tomadas e orientações sejam dadas?, falou o coronel.

A primeira orientação da Polícia Militar a vítimas de ameaças de falso seqüestro é que mantenham a calma. A partir disso, devem entrar em contato com o familiar supostamente seqüestrado para confirmar que ele esteja bem. Em seguida, a vítima deve ligar para o telefone de emergência da Polícia Militar que atende pelo número 190 e repassar informações que possam levar à prisão dos golpistas. Detalhes como número de conta corrente, forma de agir, como a ameaça está sendo feita ou até mesmo a origem das ligações são importantes para o banco de dados que a polícia está criando.

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