Polícia Militar entrega seis desfibliradores para suas unidades

Policiais militares de Curitiba e interior do Estado fizeram, nesta quinta-feira, treinamento no Hospital da Polícia Militar para aprender a utilizar o desfibrilador, aparelho usado para restabelecer os batimentos cardíacos. A Polícia Militar conta agora com seis desfibriladores.

?Mesmo pessoas leigas podem operar o aparelho e dar suporte básico de vida ao paciente até que ele seja encaminhado ao hospital?, disse o major Luiz Antonio Fruet Bettini, médico cardiologista responsável pelo treinamento. Segundo ele, a arritmia cardíaca é responsável por 90% dos problemas de parada cardíaca seguida de morte

Os seis aparelhos adquiridos serão distribuídos para o Hospital da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Batalhão da PM em Londrina, Academia Policial Militar do Guatupê, Centro de Educação Física e Desportos e Colégio da Polícia Militar. O soldado Geraldo Machado Feitosa, que é policial militar há 23 anos e trabalha atualmente em Londrina, disse que é comum ocorrer casos de parada cardíaca. Ele mesmo já foi responsável por reanimar pacientes enquanto a viatura ia para o hospital.

?A gente prestava os primeiros socorros do modo ativo, com massagem direta. Assim, com o equipamento é bem mais fácil?, comentou, após ouvir as explicações e assistir a um filme sobre como usar o aparelho.

O major Bettini lembrou que a parada cardíaca pode ocorrer em qualquer lugar e a qualquer momento, embora o mais comum seja no hospital. De acordo com ele, quem está na presença do paciente é que vai fazer a reanimação.

?O problema é que a cardipatia hipertrófica é totalmente silenciosa e pode ocorrer tanto em crianças quanto em adultos?, disse, comentando o caso do jogador de futebol do time do São Caetano que apresentou o problema e morreu em plena partida. A desfibrilação é o uso terapêutico de corrente elétrica de grande intensidade e por períodos breves nos casos em que o coração não consegue bombear o sangue.

Colégio

O Colégio da Polícia Militar irá receber um desfibrilador. O CPM é uma escola da rede estadual de ensino, por onde circulam diariamente cerca de 1.400 alunos. A possibilidade de ocorrência deste tipo de situação é grande. ?O uso do desfibrilador irá evitar mortes, com certeza?, disse major. Estatísticas médicas demonstram que a chance de sucesso quando o paciente é vítima de arritmia cardíaca reduzem de 7% a 10% a cada minuto de espera pelo atendimento.

O desfibrilador adquirido pela Polícia Militar é do modelo que pode ser usado por leigos. O aparelho ?explica? ao usuário como deve ser o procedimento inclusive com orientações verbais. O sensor interno do aparelho capta a freqüência cardíaca e diz ao usuário se é ou não o momento de fazer passar a corrente elétrica. O desfibrilador pesa cerca de 2 quilos e pode ser facilmente transportado para qualquer lugar.

?Já temos informações de que colégios, shoppings e outros pontos de comércio de grande circulação de pessoas possuem este equipamento que agora a Polícia Militar está entregando?, comentou o major Bettini.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo