A Polícia Militar aproveita o período de férias escolares para avaliar a atuação e o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Patrulha Escolar Comunitária. De acordo com o coordenador operacional do programa, o patrulhamento diferenciado teve início em fevereiro e já nos meses de abril e maio foi possível perceber uma redução, em média, de 35% no índice de criminalidade, tanto dentro quanto fora dos colégios. “Houve queda acentuada no conflito entre gangues dentro das escolas e também constatamos diminuição dos roubos e de desocupados nas proximidades dos estabelecimentos, bem como a diminuição da ação de traficantes”, afirmou o capitão Valdir Carvalho de Souza.
Em funcionamento em Curitiba e Região Metropolitana, e também em Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel e recém lançado em Foz do Iguaçu, o programa é direcionado especificamente para garantir mais segurança aos estudantes, seja nas escolas ou no seu entorno. Pelo programa a direção, os alunos e toda a comunidade escolar têm no policial militar um consultor de segurança. “Na primeira fase, todos buscaram detectar os problemas, e agora iniciamos o trabalho de implementar as idéias para solucionar as deficiências relacionadas à segurança”, disse o oficial, completando que a capital e região metropolitana já passaram da primeira fase.
O capitão Carvalho destacou que, entre os pontos positivos do programa está a maior interação dos pais com a direção dos colégios, que é resultado, segundo ele, das dinâmicas aplicadas pelos policiais militares. “Esse trabalho, realizado em conjunto, permite que cada segmento reflita sobre as responsabilidades que tem e, assim, se comprometem a atuar de forma a minimizar os riscos à segurança e aumentar a proteção às crianças e adolescentes”, explicou. Desde que foi lançada pelo governo do Estado, no início do ano, a Patrulha Escolar Comunitária capacitou 2.400 inspetores de alunos e 800 diretores de escolas.
Treinamento Diferenciado
Para atuar na Patrulha Escolar Comunitária, o policial militar passa por um treinamento específico. “O público com o qual ele irá trabalhar, geralmente composto por crianças e adolescentes. O policial precisa estar preparado para lidar com pessoas de faixas etárias diversas, que ainda estão em fase de formação da personalidade”, comentou o capitão. “Por isso, os policiais recebem uma capacitação pautada na filosofia de Polícia Comunitária, que tem na ação proativa, de prevenção, o ponto de partida para sua atuação”, completou.