Polícia liberta empresário e prende sete acusados de seqüestro no PR

A polícia paranaense resgatou, na noite de terça-feira, um empresário que passou 21 dias no cativeiro, em Curitiba, e conseguiu prender os sete acusados do seqüestro, apesar de estarem espalhados por cinco cidades do Paraná e de Santa Catarina. De acordo com a polícia, o mentor do crime era ex-sócio da vítima. Os seqüestradores pediram US$ 100 mil, mas, de acordo com a polícia, não houve pagamento do resgate.

O delegado do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), Riad Farhat, disse que o empresário foi rendido por dois homens armados dentro de sua empresa de transportes, em São José dos Pinhais, e conduzido para o cativeiro no Bairro Santa Felicidade, em Curitiba, no bagageiro de um carro. Ao ser encontrado no fim da noite de terça-feira, ele estava bastante debilitado, embora venha se recuperando bem, segundo a polícia.

"Estava bem fraco porque comia em média meia fatia de pão por dia, e toda vez que pedia por comida era espancado", afirmou Farhat. "Ele emagreceu 15 quilos e nesse tempo todo ficava deitado, amarrado com cabo de aço e algemado para trás, com venda nos olhos." A polícia começou a acompanhar o caso a partir do quarto dia do seqüestro, quando a família prestou queixa, apesar das ameaças dos bandidos.

O seqüestro foi organizado por Ivo José Kepler, de 59 anos, que tinha sido sócio da vítima, e pelo seu filho, Cleverson Kegler, 30.

Segundo a polícia, ele contatou o ex-sargento da Polícia Militar Dalberto Luiz da Silva, que tem três mandados de prisão por roubo, para que encontrasse um local para o cativeiro, e contratou Gilmar Artigas de Souza, 19 anos, Fabiano Lopes, 23, e Wagner Borges da Silva, 21, para efetivar o seqüestro. Ele também chamou Jair Luiz Machado, 36, para servir como negociador perante a família.

De acordo com Farhat, Machado circulava pelos três Estados do Sul fazendo as ligações, com o interesse de dificultar o trabalho da polícia. "Sem dúvida o crime foi bem planejado", acentuou. "Este grupo trabalhava em células como se fosse uma terceirização. Pela estrutura que encontramos, eles estavam prontos para manter o seqüestro por muito tempo." A polícia conseguiu identificá-los e descobrir o cativeiro em 17 dias. Com eles foram encontrados nove aparelhos celulares e cinco armas, entre elas uma pistola de uso exclusivo do Exército.

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