Representantes da Polícia Metropolitana de Londres terão de comparecer a um tribunal em 14 de agosto para responder por acusações referentes ao assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes, confundido por agentes britânicos com um homem-bomba em julho do ano passado no metrô londrino.
Ontem, a promotoria anunciou que nenhum oficial de polícia responderia particularmente pela morte, mas esclareceu que a Polícia Metropolitana de Londres seria indiciada como organização por violar leis locais "por não ter garantido o bem-estar, a saúde e a segurança" de Jean Charles.
Caso venha a ser considerada culpada, a Polícia Metropolitana de Londres poderá ser condenada a pagar multa de valor ilimitado, segundo as leis britânicas.
Jean Charles de Menezes, de 27 anos, foi morto pela polícia britânica com sete tiros na cabeça no interior do metrô de Londres em 22 de julho do ano passado.
Duas semanas antes, quatro homens-bomba promoveram atentados suicidas que provocaram a morte de mais 52 pessoas em três estações de metrô e um ônibus na capital britânica. Um dia antes da morte de Jean Charles houve uma tentativa fracassada de novos atentados contra Londres.
A polícia, que mais tarde pediu desculpas pelo erro, alegou ter confundido Jean Charles com um dos suspeitos dos atentados fracassados do dia anterior à morte do brasileiro.