O delegado Eduardo Freitas, da 22ª Delegacia Policial (Penha), que investiga o tiroteio no qual 17 alunos da Escola Municipal Henrique Foréis ficaram feridos, identificou dois suspeitos pelo crime. Eles são irmãos e chefiam o tráfico de drogas no Morro da Fazendinha, em Inhaúma, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio. Um deles se chama Antônio José de Souza Ferreira, o Tota. Ambos devem ser indiciados por tentativa de homicídio
Ontem, a diretora da escola, Dinalva Moreira, encaminhou à Secretaria Municipal de Educação pedido para a construção de um muro em volta do colégio. A decisão foi tomada pela manhã, depois de uma reunião entre pais de alunos e professores da escola
"Sabemos que o muro não vai adiantar muito. Se tiver de acontecer um tiroteio, não nos protegerá, pois as armas são muito fortes", afirmou a diretora, que há dois meses pediu a transferência do colégio para um prédio maior. O objetivo, além de proteger os alunos da violência, era ampliar o número de vagas na região. Na segunda-feira, os estudantes da Henrique Foréis voltarão às aulas, mas participarão apenas de atividades de readaptação
Três crianças que estavam internadas no Hospital Salgado Filho, tiveram alta ontem: Abinoan Araújo Almeida, de 11 anos; Jonathan da Silva Nascimento, de 11; e Jocilaine de Souza, de 13 anos. Daniel Cordeiro, de 9, deixou o hospital na quinta-feira, segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde. Maria Elisabeth da Silva Inácio, de 9, baleada na barriga, passará o fim de semana internada. Ontem, Raquel Vital Ferreira, também de 9 anos, atingida no braço, continuava no Hospital Pronto Baby, uma clínica particular
O delegado disse ainda que a perícia demonstrou que os tiros vieram de traficantes no alto do morro. Freitas, no entanto, negou ter conhecimento de que dois traficantes envolvidos no crime teriam sido executados por Tota
De acordo com o delegado, o serviço reservado da Polícia Militar e a inteligência da Polícia Civil não têm dados que confirmem essa versão. "Não sei de onde tiraram essa informação. Pode ter acontecido, mas oficialmente não sabemos de nada.