Em greve há 28 dias, os policiais federais haviam reiniciado a operação nos aeroportos do país no último sábado (3). A retomada da operação padrão foi aprovada depois que o governo apresentou uma segunda proposta de reajuste salarial, desta vez de 17%, e a categoria recusou. ?Nós não queremos aumento salarial, mas sim, o cumprimento da Lei?, afirmou Garisto.
Os grevistas reivindicam o cumprimento da Lei 9.266, de 1996, que determina nível superior para agentes, escrivães e papiloscopistas, hoje enquadrados como nível médio.
A operação padrão havia sido suspensa, na semana passada, pela Justiça Federal de Brasília que, mesmo considerando a greve legal, determinou a interrupção da checagem minuciosa de passageiros e bagagens a fim de diminuir as filas.
O presidente da Fenapef garante que, a partir da próxima semana, a greve dos policiais federais vai sofrer um recrudescimento. ?Nosso objetivo será mostrar que fomos traídos pelo governo, pelo Partido dos Trabalhadores, pelo ministro da Justiça, pelo diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, e pelos delegados?, afirmou Garisto. Para ele, o governo resolve o problema de todas as greves, menos a da Polícia Federal. ?Vamos recusar até 1000% de aumento salarial?, avisou.
Para esta ação na semana que vem, a Fenapef vai investir R$ 5 milhões em publicidade. Também está prevista a vinda de cerca de dois mil policiais federais para Brasília, onde o comando de greve pretende realizar mais uma passeata até o Congresso Nacional. Segundo o presidente da Fenapef, ?os policiais em greve querem paz com a população e guerra contra o governo?.
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