A Polícia Federal prendeu hoje, nas cidades de Curitiba (PR) e Recife (PE), cinco pessoas durante uma operação para desarticular uma quadrilha suspeita de cometer fraudes milionárias contra a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Eletrobrás. Além das prisões, a PF executou 14 mandados de busca e apreensão. Participaram da operação, batizada de "Big Brother", 93 policiais federais, divididos em 15 equipes.

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De acordo com a Assessoria de Imprensa da PF em Recife foram os presos: Michel Saliba Oliveira, João Marciano Oddpis, José Lagana e Silvio Carlos Cavagnari – todos detidos no Paraná; e o advogado João Bosco de Souza Coutinho, preso no Aeroporto Internacional Guararapes/Gilberto Freyre, no Recife, quando tentava embarcar para Curitiba.

Segundo os policiais federais, o advogado João Bosco era responsável pela capacitação técnica do grupo para a realização das fraudes. As investigações indicam que os suspeitos fraudavam documentos para obter, através de ações jurídicas, o pagamento de títulos da dívida pública da Petrobrás, Eletrobrás e Banco do Brasil. Somente no Estado do Paraná a Eletrobrás descobriu ser ré em 49 ações judiciais semelhantes, todas elas com valores milionários.

A PF iniciou as investigações em novembro de 2003, quando a Gerência de Segurança e Inteligência do Banco do Brasil informou que o gerente geral de uma de suas agências em Curitiba/PR havia recebido proposta ilegal para que cumprisse uma ordem judicial sem comunicar ao departamento jurídico do Banco. A propina oferecida ao gerente, na época, era de 3 milhões de dólares. O nome da operação é uma referência às siglas da instituição financeira lesada, o Banco do Brasil.

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