A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (1/6), em Itaúna (MG), a Operação Pedra Negra, com objetivo de desmantelar uma quadrilha especializada em fraudes bancárias cometidas pela internet. Conforme a PF, a quadrilha agia na cidade mineira desde setembro do ano passado e estima-se que o montante desviado gire em torno de R$ 500 mil. Um dos líderes do esquema criminoso, identificado como Leandro Padilha, de 24 anos, foi preso preventivamente.
Até o momento, os agentes federais tentam cumprir outros dois mandados de prisão preventiva. Dois jovens, um de 18 e outro de 21 anos, estão foragidos. Os policiais cumpriram também mandados de busca e apreensão em seis endereços da cidade do centro-oeste mineiro.
De acordo com o delegado Roger Lima de Moura, do núcleo de Inteligência da PF, foram identificados mais de cem envolvidos, principalmente titulares de contas que atuavam como "laranjas" da quadrilha. Eles emprestavam as contas para o recebimento de valores transferidos fraudulentamente de contas bancárias acessadas via internet.
Moura disse que todos deverão ser convocados para prestar depoimento no inquérito policial. Os laranjas forneciam cartões e senhas para a retirada do dinheiro roubado via internet, mediante pagamento de uma "comissão". Foram identificados clientes lesados de várias instituições bancárias, principalmente da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nossa Caixa.
Segundo a PF, a quadrilha utilizava para os desfalques um programa de conversação via internet, denominado MIRC. O programa permitia também a troca de dados bancários. Conforme as investigações, normalmente as fraudes eram cometidas em lan houses.