A Operação Ciclone da Polícia Federal prendeu hoje 40 pessoas acusadas de participar de um esquema de clonagem de cartões de crédito nos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Entre os presos está um major e um capitão do Corpo de Bombeiros do Ceará um sargento do Exército e uma servidora pública da prefeitura de Fortaleza que repassava informações privilegiadas sobre processos de licitações em andamento. Também há registro da atuação da quadrilha em MG, RJ, SP e GO.
Trabalham na operação 250 agentes, e 58 mandados de busca serão cumpridos. Os procurados são suspeitos ainda de fraudar licitações, abrir contas fantasmas e realizar transferências bancárias ilegais pela internet. A quadrilha organizava-se em "células" cuja especialidade era a clonagem de cartões magnéticos, com a ajuda de dispositivos conhecidos como "chupa-cabras" instalados em terminais bancários, obtenção de empréstimos e financiamentos bancários fraudados, falsificação de documentos públicos, fraudes de licitações e tráfico de drogas.
O grupo agia sempre da mesma forma, copiando cartões em um posto bancário de determinada cidade e, em seguida, dirigindo-se a um posto bancário de uma cidade vizinha onde, além de realizar saques nas contas anteriormente "clonadas", copiavam novos cartões. Durante as investigações, os "clonadores" estavam desenvolvendo o uso de um novo equipamento denominado pelos policiais federais de "disparador de cédulas", que era instalado em caixas eletrônicos para realizar saques ilimitados à distância, acionado por controle remoto. O equipamento não chegou a ser utilizado devido à ação da Polícia Federal, que descobriu o golpe antes que ele fosse aplicado.