A Polícia Federal prendeu na madrugada desta quarta-feira (30), durante a Operação Euterpe, 29 pessoas envolvidas em crimes ambientais no Rio de Janeiro, entre elas empresários e funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Vinte e cinco são funcionários públicos federais acusados de extorquir empresários para amenizar multas e de vender autorização para construção em áreas da reserva biológica do Tinguá, em Nova Iguaçu, onde o ambientalista Dionísio Júlio foi assassinado em fevereiro do ano passado.
Os policiais investigam desde julho de 2005 os crimes envolvendo os funcionários do Ibama a partir de denúncias feitas por servidores que atuam na reserva. A quadrilha também cobrava propina relacionada à pesca da sardinha, que era realizada no período do defeso, época de procriação da espécie.
Duzentos policiais do Rio, de São Paulo e de Minas Gerais integram a operação. A Justiça de São João de Meriti expediu 32 mandados de prisão e 36 de busca e apreensão. A operação Euterpe contou com a presença do Presidente do Ibama, Marcus Barros, e da própria Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.