A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou nesta terça-feira (22) a Operação Angico para cumprir 82 mandados de prisão e 52 de busca e apreensão em sete municípios contra madeireiros, engenheiros florestais e ex-servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Até agora, 22 pessoas já foram presas. Deles, três eram funcionários da Secretaria. A quadrilha, acusada de irregularidades na emissão de guias florestais, teria movimentado R$ 60 milhões em três meses.
A fraude começava no setor madeireiro e terminava no setor de cadastro da Secretaria, com a conivência de servidores que faziam a inserção de créditos virtuais. De posse dos créditos no CC-Sema, os empresários faziam a movimentação normal sobre a comercialização de madeira – ou seja, retiravam a Guia Florestal (GF) que substituiu as antigas ATPFs e pagavam os impostos normais. Não houve prejuízo financeiro para o Estado. A perda seria apenas para o meio ambiente, pois com a inserção dos créditos os empresários pagavam os impostos normalmente. A perda ambiental é em função da forma irregular como a madeira era extraída da floresta.