Mais um seqüestro realizado no Ceará pode ter ligação com o furto milionário ao Banco Central (BC) de Fortaleza, ocorrido em agosto de 2005. Hoje, a Polícia Federal (PF) assume as investigações sobre o desaparecimento de duas mulheres e uma criança, de sete anos, que foram levadas por bandidos encapuzados no sábado, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza.
A polícia não divulgou os nomes das vítimas. Mas informou que uma das mulheres, de 23 anos, e o marido, um comerciante de 40 anos, chegaram a ser interrogados pela Justiça Federal, em outubro do ano passado, quando negaram ter escondido uma grande soma de dinheiro, de procedência do caixa-forte do prédio em Fortaleza.
O montante estava em notas de R$ 50, não seqüenciadas, conforme as outras apreensões feitas pela PF no decorrer das investigações do caso BC. Apesar de denunciado pelo Ministério Público por "estranha negociação" (expressão usada pelos promotores), o casal não chegou a ser preso. A outra mulher levada pelos seqüestradores é irmã do comerciante.
As duas mulheres e a criança foram levadas, sábado, por volta das 10 horas, por homens que usavam capuz e estavam armados com pistolas. O carro em que elas estavam – um Corsa Sedan preto, placas HWW-3860 guiado pelo comerciante, foi interceptado por bandidos que dirigiam um Fiat Uno, de placas não identificadas, na Rua Santa Maria Gorete, próximo à estrada da Fazenda Garrote, em Caucaia. Caso seja confirmada a ligação com o caso BC, este será o sexto seqüestro envolvendo acusados diretos e indiretos no furto milionário.