Rio – A Polícia Federal iniciou hoje uma série de vistorias nos museus federais no Rio de Janeiro, em parceria com representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ao todo serão vistoriados sete museus. O objetivo é fazer um levantamento da segurança desses locais.
A visita foi iniciada pelo Museu Imperial, em Petrópolis, cidade serrana do Rio. Em duas semanas serão vistoriados os museus de Belas Artes, Histórico Nacional, da República, Villa-Lobos e Castro Maya, que engloba Chácara do Céu e do Açude.
De acordo com a coordenadora-técnica do Departamento de Museus do Iphan, Cláudia Estoril, o estudo para as vistorias foi iniciado logo após o roubo no Museu Chácara do Céu, no centro da cidade, no mês de fevereiro. Na ocasião, quatro das telas consideradas as mais valiosas do museu, pintadas por Pablo Picasso, Henri Matisse, Claude Monet e Salvador Dali foram roubadas.
"Nós estamos trabalhando na elaboração de um grande diagnóstico sobre as condições de segurança nesses locais e na tentativa de uniformizar esse trabalho, que é feito por empresas particulares", explicou Cláudia Estoril. "Mas isso não quer dizer que existem necessariamente falhas dos museus. Num roubo como o do Chácara do Céu, com homens armados com pistolas e granadas, há também a questão de segurança pública", disse.
Segundo Claúdia Estoril, o Iphan ainda tem poucas informações sobre o perfil dos roubos em museus. "O que desconfiamos é que em geral são roubos de peças encomendadas por colecionadores, na maioria das vezes telas ou peças de arte sacra". Ela informou ainda que desde 1997 a Polícia Federal já trabalha com o instituto na investigação deste tipo de crime.
