A Polícia Federal indiciou nesta terça-feira (30) mais seis deputados sanguessugas por envolvimento no esquema de compra de ambulâncias superfaturadas com dinheiro de emendas orçamentárias. Dos seis, quatro são de São Paulo: Gilberto Nascimento (PMDB), João Batista (PP), Marcos Abramo (PP) e Ildeu Araujo (PP). Também foram indiciados os deputados Lino Rossi (PP-MT), apontado como um dos principais contatos dos empresários que chefiavam o esquema na Câmara, e o deputado Enivaldo Ribeiro (PP-PB).
Do grupo, Lino Rossi foi o único que teve sua cassação recomendada pela CPI e aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara. Gilberto Nascimento chegou a ser inocentando pela CPI dos Sanguessugas, mas não passou no crivo da PF. João Batista, Marcos Abramo e Enivaldo Ribeiro tiveram seus processos arquivados sem exame no Conselho de Ética. Com esta nova leva, sobe para 22 o número de parlamentares indiciados por envolvimento com a máfia das ambulâncias. Cinco deles foram absolvidos no Congresso.
Todos foram enquadrados nos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Nenhum deles se reelegeu e, por isso, devem perder o direito ao foro privilegiado. Caberá ao Ministério Público (MP) avaliar os elementos reunidos pela PF nos inquéritos e decidir se vale ou não apresentação de denúncias contra os indiciados. Na sexta-feira, a PF indiciou nos mesmos crimes o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que recebeu apenas uma advertência do Conselho de Ética do Senado, e a deputada Celcita Pinheiro (PFL-MT), absolvida no Conselho de Ética da Câmara.