Dois fatos fizeram a Polícia Federal retomar a investigação iniciada pelo Ministério Público Estadual sobre a parceria MSI e Corinthians. O primeiro foi a postura da Fifa, que iniciou a sua própria investigação sobre o caso. E o segundo, a descoberta de dados fundamentais sobre a parceria no computador portátil e nos documentos de Boris Berezovski retidos quando ele esteve em São Paulo em maio. As investigações podem levar à acusação de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

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"Para o Corinthians foi um erro ter feito essa parceria. O quanto antes nós nos livrarmos disso será melhor para o clube. E quanto mais tempo demorar, mais vai sangrar, o clube vai perder ainda mais. E todos devem ser investigados. Principalmente o Kia Joorabchian, presidente da MSI", disse o ex-vice-presidente Antônio Roque Citadini. Ele foi o primeiro a prestar depoimento na Polícia Federal sobre a discutida parceria.

"Antes diziam que ele era o grande magnata, o empresário que veio mudar o futebol e investir profissionalmente. E a verdade é que ele não era magnata, não era inglês, não era nada", disse Citadini.

Ele foi ouvido, assim como ex-diretor de futebol corintiano, Andres Sanches e o vice Nesi Cury. O presidente Alberto Dualib, que deveria depor ontem, pediu adiamento para amanhã. O diretor da MSI, Paulo Angioni, falou nesta ontem.

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A Polícia Federal está disposta a pedir à justiça inglesa que interrogue Kia Joorabchian. O depoimento do iraniano é fundamental para amarrar os vários depoimentos. Os promotores têm informações desencontradas sobre a volta de Kia. Há quem jure que ele retornará ao Brasil. E quem jure que a sua ida para a Inglaterra é definitiva.

A assessoria de imprensa da MSI divulgou nota oficial no site do Corinthians garantindo que os seus diretores e ex-diretores estão à disposição para esclarecimentos. E a empresa garante que sempre agiram "estritamente dentro da lei com documentação comprobatória".

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O presidente Alberto Dualib pediu o adiamento do seu depoimento para poder se preparar. Vai conversar com os advogados corintianos sobre os pontos mais delicados da parceria. Principalmente sobre a participação de Boris Berezovski. Esse é um dos pontos que mais interessam às autoridades brasileiras. Os vários documentos contidos no computador de Berezovski e os que carregava quando foi detido mostrariam um controle absoluto do russo na parceria.

Para complicar de vez a situação, os jogadores estão sabendo das investigações. Acompanham tudo silenciosamente, pela Internet. A Polícia Federal quer investigar com toda a profundidade a entrada e a saída dos argentinos Tevez e Mascherano. Tudo será questionado. Principalmente os salários.