Polícia Federal espera laudo de impressões digitais em museu roubado

Rio – Um laudo com a identificação de impressões digitais pode ajudar a Polícia Federal a desvendar o roubo ocorrido na última sexta-feira (24) no Museu Chácara do Céu. A delegada Isabelle Vasconcelos, responsável pelas investigações, aguarda o resultado do exame técnico. De acordo com ela, o processo demora um pouco porque há espaço para erros.

"Temos que ter um grande cuidado na elaboração desses laudos porque, com as impressões tiradas no local, a gente pode chegar aos autores do crime", explica a delegada. Segundo ela, a Polícia Federal espera obter resposta aos retratos falados de suspeitos do crime, que foram divulgados na imprensa.

Os agentes já interrogaram o motorista que teria transportado uma das obras, segundo informação de duas testemunhas. O motorista afirmou ter sido coagido e obrigado a transportar os bandidos em uma Kombi, deixando-os na Praça da Cruz Vermelha.

Isabelle Vasconcelos acredita que as obras de arte não saíram do Rio de Janeiro porque a Interpol foi avisada no mesmo dia do roubo. O alerta foi repassado às polícias de 182 países. Houve reforço de policiamento nos portos, aeroportos e nas estradas.

Quem souber de alguma informação relevante sobre o caso deve ligar para o telefone (21) 2253-1177, do Disque Denúncia. A Associação de Amigos do Museu e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) oferecem recompensa de R$ 10 mil por informações consistentes.

O Museu Chácara do Céu foi criado em 1972 e está vinculado ao Ministério da Cultura. Entre as obras roubadas estão: A Dança, de Pablo Picasso; Marine, de Claude Monet; Dois Balcões, de Salvador Dali; e Jardin de Luxembourg, de Henri Matisse; além do livro Toros, também de Picasso. Segundo especialistas do setor de obras de arte, o valor das telas superaria os US$ 50 milhões.

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