Brasília – A Polícia Federal deve fazer amanhã (4) uma operação padrão nos aeroportos brasileiros. Com isso, aumentará o tempo de atendimento dos passageiros de cerca de dois segundos para um minuto e meio em média. A informação foi dada pelo presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo (Sindpolf/SP), Francisco Carlos Sabino, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM.
A operação consistirá em comparar a foto do passaporte com o passageiro e checar nos sistemas se há algum impedimento à saída daquela pessoa do país, no caso de vôos internacionais. Segundo Sabino, inicialmente cogitou-se a possibilidade de paralisação da categoria por 24 horas, mas foi descartada.
?Na verdade esse tipo de operação deveria ser feito todos os dias, e só não é realizado por falta de efetivo. Pode ser que essa operação retarde um pouco o embarque e o desembarque dos passageiros?, disse Sabino.
Ele disse que a Polícia Federal também vai atuar nos embarques domésticos, pois atualmente o passageiro apenas apresenta o documento de identidade no check-in e retira o cartão de embarque. ?Quem garante que essa pessoa não troque esse cartão com outra. Isso resulta que você pode viajar sem que se conheça quem está ao seu lado?.
Na operação padrão a ser realizada amanhã, serão conferido os documentos dos passageiros no momento do embarque. O presidente do sindicato alerta que esse procedimento também levará cerca de um minuto e meio.
?Eu sei que é difícil para o contribuinte entender essa situação, mas realmente isso [a operação padrão] não deixa de ser uma solicitação ao nosso governo de melhores condições de trabalho?, disse o presidente do sindicato.
Ele disse que a operação padrão está marcada para começar às 14h e deverá se estender até às 23h. Caso não haja acerto por parte do governo e a categoria, o próximo evento será uma marcha dos servidores o Ministério da Justiça. Marcada para o dia 18 de abril, Francisco Sabino espera que todos os servidores do país participem da caminhada.
Entre as reivindicações da categoria estão a criação de plano de carreira e o pagamento das parcelas de um acordo de reajuste feito em 2005. ?Sentimos que o ministério da Justiça está tendo boa vontade em dialogar. Nosso problema hoje tem nome e se chama ministro Paulo Bernardo (Planejamento) que diz desconhecer esse acordo que ele próprio assinou em conjunto?, disse o presidente do sindicato.
Diante desse fato, Francisco Sabino disse que a revolta dos policiais federais é muito grande. ?O sentimento da categoria é de que esse problema não será resolvido como tudo nesse governo?.