A Polícia Federal do Amazonas, em Tabatinga, a 1.105 quilômetros de Manaus, começou nesta semana a desmontar duas quadrilhas que agem na fronteira do Estado, na região do Alto Solimões, em tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, homicídios ligados ao tráfico e falsificação de documentos. A PF suspeita que as quadrilhas tenham ligação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

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Até este sábado, treze pessoas foram presas, sendo que duas estão na sede da PF em Manaus. Seis pessoas estão foragidas. Na segunda-feira, devem ser cumpridos mais três mandados de busca e apreensão dos carros dos acusados, dois Astra e um Mitsubishi.

De acordo com o delegado da PF em Tabatinga, Giovanni Vicente Fontes Lopes, as investigações apontaram que uma das quadrilhas é dirigida pelo traficante colombiano conhecido como Gallero, com os parceiros Aquarius e Javier, ambos peruanos, com comando centralizado em Tabatinga e com atuação no Brasil e Peru.

A outra é formada por Lurdes Ico e por Arturo Quintero, com comando situado em Letícia, na Colômbia. "Esta tem atuação voltada para o Brasil", disse o delegado.

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Com base nas investigações da PF, a Justiça Federal em Tabatinga concedeu, na segunda-feira passada, dia 28, 19 mandados de prisão preventiva. Em Manaus foram presos o advogado João Carlos Pinto de Araújo, de 31 anos, detido em sua casa num bairro nobre da capital, e o policial militar Márcio Luzeiro da Rocha, 33, ambos supostos membros da quadrilha comandada por Gallero.