O interesse da Polícia Federal ao chamar o caseiro Francenildo Santos Costa era apenas qualificá-lo para repassar informações à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos.
A informação foi dada pelo advogado do caseiro, Wilcio Chaveiro Nascimento, ao sair da Superintendência da Polícia Federal. "Trata-se de identificação e qualificação, a pedido da CPI dos Bingos", esclareceu.
Segundo o advogado, o caseiro ainda não foi intimado, mas "está à disposição para prestar esclarecimentos se for necessário, no momento oportuno". Ele explicou que o próximo passo da PF será encaminhar as informações à CPI dos Bingos. Caso seja aprovado o requerimento na comissão, o caseiro será ouvido pelos parlamentares.
Questionado sobre as informações prestadas pelo caseiro à imprensa, o advogado afirmou: "Sobre a entrevista ele mesmo falará no momento oportuno".
Em reportagem publicada nesta semana pelo jornal O Estado de S. Paulo, o caseiro fez afirmações que contradizem o depoimento do ministro na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos.
A assessoria do ministério da Fazenda reafirmou ontem (14) o que foi dito no depoimento aos parlamentares no ano passado: o ministro não freqüentou a mansão alugada por Vladimnir Poletto, assessor de Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto. Costa disse ao jornal que viu Palocci na casa por "dez ou 20 vezes".
Costa é a segunda testemunha a dizer que viu o ministro da Fazenda na casa alugada por Poletto. A primeira foi o motorista Francisco das Chagas, que prestou serviços para assessores de Palocci em Ribeirão Preto.
A afirmação de Chagas também foi feita em depoimento à CPI dos Bingos, no último dia 8. De acordo com a assessoria de Palocci, o ministro não tem conhecimento de atividades que teriam sido realizadas na casa.