A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente apresentou nesta segunda-feira (13) Lúcio Strugala, 38 anos, preso na Operação Revoada, desencadeada pelo Batalhão de Polícia Ambiental ? Força Verde. Flagrado por crime ambiental, ele foi indiciado e juntamente com outras 83 pessoas vai ter a atuação ilegal comunicada ao Ministério Público. Todos estavam numa chácara na cidade de Araucária, onde aconteceria uma festa de baloeiros, com a participação de equipes de diversos estados brasileiros. Equipes da Força Verde, que já acompanhavam a movimentação dos grupos desde abril deste ano, cruzaram as denúncias recebidas e descobriram que uma festa programada para cerca de 2 mil pessoas iria acontecer no fim de semana na Região Metropolitana de Curitiba.
?Nossas equipes chegaram à chácara por volta das 21h30 de sábado. O local foi cercado e realizada a prisão dos envolvidos, além da maior apreensão de balões de uma só vez já registrada no Paraná?, disse o major Sérgio Filardo, comandante do Batalhão de Polícia Ambiental ? Força Verde.
No local, os policiais da Força Verde encontraram 39 balões profissionais, quase todos de grandes dimensões, material usado para a confecção e soltura dos balões, uma grande quantidade de fogos de artifício e ainda uma motocicleta com a numeração adulterada. O material apreendido foi colocado em um caminhão e levado para a sede da Força Verde, em São José dos Pinhais.
O menor balão recolhido tinha cerca de 10 metros e o maior chegava a medir 35 metros. Conforme a polícia, o evento vinha sendo organizado em sigilo. No convite, que tinha até selo holográfico, constava a inscrição ?1ª Super Revoada Turma da Amizade e Amigos?. A alusão era a um grupo de baloeiros e convidados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.
A divulgação do evento começou três dias antes, com ingressos individuais vendidos a R$ 20, sendo isenta a entrada de mulheres e crianças. A compra de um ingresso daria direito a churrasco, cerveja e refrigerante. A programação incluía atividades no sábado e domingo. ?Frustramos a festa?, disse Filardo.
Crime
Soltar balões é crime, com pena prevista de 1 a 3 anos de detenção. A soltura de balões é uma das causas de incêndios florestais. O major Filardo destacou que os balões profissionais, por conterem material explosivo e ficarem ?queimando? por mais tempo que os balões lançados por amadores, podem chegar a devastar grandes áreas de floresta em pouco tempo.
Há ainda o risco do material cair em casas, ocasionando incêndios e até tragédias com mortes. ?Em relação a queima da vegetação, temos que lembrar que há conseqüências diretas e indiretas sobre a saúde humana e de animais, que não são totalmente conhecidas?, disse o major.