Polícia e Ministério Público prendem auditores fiscais da Receita Estadual

A Secretaria da Segurança Pública, através das Polícias Militar e Civil, em conjunto com o Ministério Público Estadual, através da Promotoria de Justiça de União da Vitória e da Promotoria de Investigação Criminal, prenderam, nesta segunda-feira (17), seis auditores fiscais da Receita Estadual do Paraná e um funcionário da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar) acusados de concussão, prevaricação e formação de quadrilha. Eles foram presos durante a operação batizada como ?Integridade?, que aconteceu simultaneamente nas cidades de União da Vitória, General Carneiro e Porto União (SC). Alguns mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em Curitiba.

De acordo com o delegado Agenor Salgado, que coordenou os trabalhos pela Polícia Civil, a quadrilha estava sendo investigada há cerca de seis meses pelo Ministério Público Estadual. Segundo as denúncias, as vítimas dos auditores eram geralmente motoristas de caminhões e empresas que transportavam cargas com alguma irregularidade. ?Os auditores paravam os motoristas no posto da Receita Estadual Ariovaldo Huergo em General Carneiro. No momento em que constatavam alguma irregularidade, eram extorquidos?, explicou Salgado. O delegado conta que os valores variavam de R$ 300 até R$ 15 mil, dependendo da empresa.

Durante a operação, que teve inicio às 12h desta segunda-feira, foram presos Edson Rosa Fernandes, Hsu Keng Wei, Luis Carlos Maceno, Genóbio Eduardo Jaime Rivero, José Luis da Silva, Laurito Francisco Lemes e o funcionário da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar), Vilmar Correia de Mello. Com eles, a polícia apreendeu notas e documentos fiscais, computadores, disquetes, vários documentos relacionados a infrações e diversas armas de fogo. Entre elas, um revólver calibre 357 de uso proibido.

Segundo o promotor da PIC, Cláudio Franco Felix, que participou da operação, a polícia acredita que outras pessoas estejam envolvidas nesta quadrilha. ?Por enquanto, conseguimos identificar estes auditores, mas acreditamos que outras pessoas podem estar envolvidas nesta prática criminosa?, explicou. Ainda não existe uma estimativa de quanto a quadrilha faturava com os golpes e nem quanto tempo agia no estado.

Os presos permanecem detidos em União da Vitória onde aguardam transferência.

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