Polícia e Justiça

Haja dissimulação e falta de vergonha. O Movimento de Libertação dos Trabalhadores Sem Terra (MLST) assumiu a responsabilidade política da recente manifestação na Câmara dos Deputados, mas se recusou a admitir sua parcela de culpa nos atos de vandalismo que causaram prejuízos de R$ 100 mil ao patrimônio físico da casa e dezenas de feridos por espancamento.

A informação foi dada pelo membro da coordenação do movimento, Jutair Moraes, em entrevista coletiva na capital federal. Cada indivíduo pilhado na prática de violência que responda pessoalmente por seus atos perante a Justiça. Num ponto, pelo menos, o porta-voz mostrou não ter prestado atenção ao ensaio e pecou pela falta de coerência. Foi quando reconheceu que em manifestações com número elevado de militantes é impossível conter os ânimos dos mais exaltados e impedir a violência.

Moraes se esqueceu, todavia, de explanar o verdadeiro intuito de levar mais de 600 pessoas numa visita de cortesia ao presidente da Câmara, quando o protocolar seria uma reduzida comitiva, perdendo-se numa patuscada que agrediu o bom senso e a paciência alheia.

Esta é a quintessência da práxis moral de muitas faces que o MLST exibe como instituição somente interessada nos fins, sequer cogitando os meios empregados por seus janízaros mesmo que sejam a brutalidade, a força física e a selvageria.

Não passou despercebido na coletiva o traquejo de Moraes ao desconstruir a liderança de Bruno Maranhão, tido como simples membro da militância e não como o arrogante e loquaz comandante que pontifica no vídeo gravado antes da invasão. Enfim, questão que se resolverá com polícia e Justiça.

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