O secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, admitiu que os bloqueadores de celular do Complexo de Bangu (zona oeste) não impedem esse tipo de comunicação. “Os presos têm muita criatividade para burlar os bloqueadores”, disse Santos, acrescentando que o equipamento também não impede a comunicação entre aparelhos do tipo Nextel. “Não tenho dúvidas de que existem outros rádios que, inclusive, permitem entrar na faixa de rádio usada pela polícia”, afirmou o secretário.
A operação começou por volta das 9h, quando cerca de 50 policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil e do Serviço de Operações Externas (SOE) da Secretaria de Administração Penitenciária entraram na favela. Os traficantes soltaram fogos, chegaram a trocar tiros e jogar uma granada de efeito moral contra a polícia. Ninguém ficou ferido, mas dois suspeitos foram presos – Wagner Moraes Sodré, de 19 anos e L.C., de 14. Eles tentavam fugir num Kadett roubado e portavam uma pistola.
Depois de uma hora de operação, os policiais encontraram a central numa casa abandonada, junto com dois aparelhos de rádio e manuais de instrução. O equipamento ainda não estava instalado. Os transmissores apreendidos têm um raio de alcance de seis quilômetros. Essa distância seria ampliada com a instalação da central, que funcionaria como repetidora de freqüência.
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