As autoridades australianas entregaram o vídeo com as imagens da morte do zoólogo Steve Irwin à família do famoso "Caçador de Crocodilos", e destruíram todas as cópias da gravação para evitar a sua divulgação, afirmou hoje um funcionário forense. Irwin, de 44 anos, morreu em 4 de setembro ao ter o peito atingido pelo aguilhão de uma raia que perfurou seu coração. O aguilhão é um grande espinho serrilhado e pontudo composto de um duro material semelhante ao osso. O acidente aconteceu enquanto ele filmava um documentário no recife da Grande Barreira de Corais, a 2 mil quilômetros de Port Douglas, na Austrália.
O funcionário forense do Estado de Queensland, Michael Barnes, disse que as autoridades entregaram o vídeo original à esposa de Irwin, Terri, no fim de dezembro, e destruíram as cópias restantes que haviam sido gravadas pela polícia para ajudar na investigação. "As imagens provocaram um grande interesse da imprensa e era adequado que fizéssemos de tudo para evitar que algo de natureza pessoal e trágica caísse em mãos erradas", afirmou Barnes em comunicado. "Esta medida satisfaz os desejos da família de Irwin.
A polícia havia feito algumas cópias do vídeo para ajudar nas investigações sobre a causa da morte, mas tinha conservado as gravações sob severa vigilância. No entanto, na era em que materiais audiovisuais são publicados nas páginas da internet, surgiram especulações de que as imagens da morte de Irwin chegariam à rede. Steve Irwin gerou muitas polêmicas por se arriscar demais nos quase 50 documentários que estrelou. Ele chegou a alimentar um gigantesco crocodilo com seu bebê recém-nascido nos braços.