O treinamento para os 65 policiais da tropa de choque da PM de Londrina inclui montagem e desmontagem das armas, manejo, tiro, manutenção e emprego tático dos equipamentos. “São armas pesadas, para uso diferente das ocorrências diárias. Os policias têm que estar conscientes das situações em que devem recorrer ao equipamento”, explicou o subcomandante da tropa de choque, tenente Marcelo Israel da Costa Vieira, que ministra as aulas de instrução.
As aulas diárias de uma hora, previstas para durar um mês, são realizadas após o horário normal de expediente. As armas de alto poder de perfuração serão utilizadas em operações de alto risco, como seqüestro, assaltos a banco ou a carros-fortes. “Estaremos preparados, com armamento de grande poder de fogo, para enfrentar situações de risco e marginais com armas pesadas”, afirmou Vieira.
Os armamentos foram usados no assalto da quadrilha de Borelli a uma empresa de transporte de valores, em 1999, e foram abandonados pelos assaltantes e recolhidas pela Polícia Civil. São um fuzil AK 47, uma submetralhadora UZI 9 mm, duas pistolas e uma espingarda calibre 12.
Borelli está preso em uma cela especial na Penitenciária Estadual de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. As armas foram oferecidas à polícia depois que a Justiça concluiu o processo contra a quadrilha.
Normalmente, as armas anexadas aos inquéritos policiais costumam ser destruídas depois do encerramento dos inquéritos. “Atitudes como esta demonstram o engajamento de outros setores da sociedade no combate à criminalidade”, elogiou o secretário da Segurança Pública, José Tavares.
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