A Operação Nacional das Polícias Civis resultou em 29 prisões de homicidas no Paraná, a maioria na Região Metropolitana de Curitiba. Entre elas está a do homem que está sendo chamado de ?Monstro de Colombo?. Dirceu Jacobi, 29 anos, acusado de homicídio, cárcere privado e tortura, além de tráfico de drogas, foi preso por volta do meio-dia desta sexta-feira (23), por policiais civis da delegacia de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, e da Divisão de Narcóticos (Dinarc).
Jacobi estava com prisão preventiva decretada pelo assassinato de Aline Emanuele dos Santos, 21 anos. A vítima era irmã de sua ex-namorada, que teria sido torturada e mantida em cárcere privado, durante cerca de nove meses. O detido nega as acusações de tráfico de drogas e de cárcere privado, mas confirma que foi o autor da morte de Aline. Segundo relatou à polícia, os disparos foram acidentais. O revólver calibre 38, Jacobi jogou em um terreno baldio, de acordo com a polícia.
A prisão de Jacobi fez parte da operação nacional desencadeada pela Polícia Civil nas regiões metropolitanas das capitais e no Distrito Federal. Somente no Paraná, outras 28 pessoas foram presas desde que a operação teve início, na última segunda-feira (23). A ação policial tinha o objetivo de cumprir mandados de prisão contra acusados de homicídios. No Paraná, foram mobilizados 75 policiais civis, entre delegados, escrivães e investigadores, que usaram 21 viaturas para o trabalho.
?A operação no Paraná foi um sucesso. A polícia civil trabalhou durante a semana com muito rigor, inteligência e agilidade para prender estas pessoas acusadas de homicídio. Exemplo de sucesso desse trabalho foi a prisão deste criminoso de Colombo?, destacou o Secretário da Segurança, Luiz Fernando Delazari.
Para o delegado-chefe da Divisão de Polícia Metropolitana da Polícia Civil, Newton Tadeu Rocha, a operação atendeu aos anseios da própria polícia em razão do objetivo de solucionar crimes de homicídio. ?Para a criminalidade fica o alerta de que a polícia está trabalhando. Os resultados em termos nacionais vão ajudar na prevenção de outros crimes desta natureza?, disse o delegado.
Na opinião de Newton Rocha, como o homicídio pode ser considerado o mais grave entre os delitos e o que mais preocupa a polícia, todas as prisões, decorrentes de mandados judiciais, vão favorecer a aplicação da lei penal. ?Com isso não se tem a perspectiva da impunidade. Com este trabalho simultâneo em todo o Brasil estamos atuando no combate à impunidade. A sensação de impunidade não pode permanecer?, declarou.
Monstro
De acordo com o delegado de Rio Branco do Sul, Kleudson Moreira Tavares, Dirceu Jacobi estava escondido numa casa localizada no alto de um morro na Rua Orlando Nodari, no Jardim Nodari II, na periferia daquele município. Os policiais da delegacia, que durante a semana, por conta da operação, tiveram apoio de investigadores da Dinarc, chegaram até Jacobi a partir de investigações. ?Ele foi pego de surpresa a partir de uma ação rápida e eficiente?, disse o delegado.
Na casa, de onde era possível ter uma visão ampla de toda a região, incluindo qualquer movimentação da polícia, os policiais apreenderam farto material pornográfico incluindo revistas e fitas de vídeo. Segundo o que o delegado apurou, a casa é de um primo do detido. Jacobi estava escondido em Rio Branco do Sul desde a última quinta-feira, quando foi levado de carro de Colombo pelo tio, pai do dono da casa. Até então, ele estaria em São Paulo, para onde foi e voltou de carona.
