Policiais civis da 6.ª Subdivisão Policial, em Foz do Iguaçu, acompanhados de uma equipe de quatro policiais da SWAT (Special Weapons and Tactics) fizeram uma operação relâmpago em três favelas da cidade, nesta sexta-feira (25). A ação policial foi realizada para demonstrar à SWAT como são as táticas de abordagens da polícia brasileira em favelas. A troca de experiências acontece durante o I Congresso Internacional sobre o Controle do Crime Organizado nas Relações de Produções e Investimentos no Mercosul, organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Foz do Iguaçu.
?Nós estamos aqui para ensinar e também para aprender com a policia local?, disse o ex-comandante da SWAT e diretor da Academia de Policia da Florida, Charles Sabba. O delegado operacional da 6.ª SDP, Adriano Shohfi, liderou a operação que contou com a participação de 30 policiais civis em dez viaturas.
Primeiro, os policiais cercaram a Favela da Guarda Mirim, na região central da cidade. Buscas foram realizadas em bares, barracos abandonados e locais suspeitos. Na seqüência, todo o efetivo cercou a Favela da Pluma. Um homem tentou fugir da abordagem policial, mas foi preso em flagrante. Com ele foi encontrado um revólver calibre 38, com seis cartuchos intactos e numeração raspada. A Favela do Bambu foi a última a ser revistada pelos policiais. A favela fica às margens do Rio Paraná e, segundo o delegado, por ser de difícil acesso pode ser uma porta de entrada de drogas trazidas do Paraguai para o Brasil.
O gerente-geral de treinamentos da policia norte-americana, Richards Rippy, ficou surpreso com a forma de atuação dos policiais paranaenses nas favelas. ?É uma situação muito diferente da que vivemos. É um local de difícil acesso e os policiais estão de parabéns pela técnica e coragem?, disse.
Visita
A equipe da SWAT visitaram, na quinta-feira (24), a sede da 6.ª Subdivisão Policial. O novo delegado-chefe, Márcio Vinícius Ferreira Amaro, e outros delegados recepcionaram a equipe da SWAT. ?Os policiais americanos têm que aprender com os policiais brasileiros. Depois de conhecermos as técnicas e filosofias da polícia paranaense, a impressão que temos é que nos Estados Unidos se faz pouco?, disse Sabba.