As fronteiras da capital argentina transformaram-se hoje (26) em um campo de batalha entre a polícia e os manifestantes que protestavam contra a política econômica do governo.
Milhares de desempregados, associações de aposentados, e militantes de partidos de esquerda tentaram bloquear as vias de acesso à cidade de Buenos Aires, mas foram expulsos pela polícia.
Nos violentos choques entre os dois lados, a polícia matou dois desempregados com balas de chumbo. Além dos mortos, o resultado da repressão foi de 90 feridos, mais de 150 pessoas detidas, além de dezenas de estabelecimentos comerciais destruídos.
As mortes ocorridas hoje ressuscitaram o fantasma de uma eventual queda do governo do presidente Eduardo Duhalde, repetindo o fim do governo do ex-presidente Fernando de la Rúa.
O ex-presidente teve que renunciar em dezembro, depois que no meio de violentos protestos realizados na Praça de Mayo, na frente da Casa Rosada, a sede do governo, cinco manifestantes morreram por causa da repressão policial. Na véspera da queda de De la Rúa, os protestos ocorridos na Grande Buenos Aires causaram 27 mortos.