Polícia apura envolvimento do PCC com escola de samba

A Polícia Civil vai abrir inquérito para investigar a participação de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Escola de Samba Império de Casa Verde. Na semana passada, nove pessoas acusadas de pertencerem a um dos núcleos da facção foram presas na zona norte, entre elas dois diretores e um sambista. Outras duas pessoas estão foragidas.

O diretor de Harmonia Alexandre Furtado, o Tetinha, e o sambista Rogério Sevilha da Silva, o Dito Negão, estão presos. Um terceiro diretor, Fábio Franco de Oliveira, o Fabinho, está foragido. A agremiação não comentou o caso.

Eles têm ligações com um dos acusados presos na semana passada, o traficante Sidney Rogério de Moraes, de 39 anos, o Lacraia. Ele é responsável pela arrecadação de dinheiro em bocas-de-fumo de várias regiões da cidade, segundo o delegado Fábio do Amaral Alcântara, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da zona norte, que fez as prisões em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar.

O grupo arrecadava até R$ 500 mil por mês. Lacraia foi preso sábado. Ele estava na loja Casa da Bisa, na Casa Verde Alta, da qual seria proprietário. Com ele foi detido em flagrante Dênis Damasceno dos Santos, por clonar cartões bancários.

A chefia da célula era dividida entre Lacraia, Tetinha e Fabinho. Há um mês, policiais invadiram a fábrica de bijuterias de Fabinho, que serviria de fachada para o grupo. Eles encontraram cadernos com a contabilidade da célula e atas de reuniões da facção, além de um colar de ouro maciço e relógios. Preso na semana passada, Tetinha é acusado de tráfico.

Também foram detidos Marileide Aparecida Bastos dos Santos, a Nega, amante de Dito Negão; o irmão dele, Maicon Sevilha da Silva, o Donda; Rodrigo Ubirajara de Golveia, o Birinha; e José da Rocha de Moraes, o Zé. A polícia indiciou ainda Elder da Silva Augusto, já detido em Franco da Rocha. Além de Fabinho, segue foragido Márcio José Fornez, gerente de Tetinha.

A investigação começou após a onda de ataques promovida pelo PCC em maio. Desde então, 50 linhas telefônicas passaram a ser monitoradas. Graças a isso, policiais descobriram que, durante a greve de fome promovida em novembro por presos do PCC em Presidente Bernardes, presidiários mandaram recados a comparsas em liberdade para que estivessem prontos para executar novos atentados.

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