Polícia apura coligação entre PCC e Comando Vermelho

Relatório da Secretaria da Segurança Pública do Rio de Janeiro entregue à CPI do Tráfico de Armas na semana passada aponta uma "coligação" e um "relacionamento pontual de amizade" entre as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), no Rio, comandado pelo traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Segundo o documento, elaborado pela Subsecretaria de Inteligência e datado de 31 de agosto deste ano, o CV usa São Paulo como "um entreposto, servindo para o fracionamento das cargas antes de serem transportadas (para o Rio) pela Rodovia Presidente Dutra". Por outro lado, o PCC passou a atuar em cidades do sul fluminense, "área que não é de interesse do CV".

O relatório ressalva que não há "vínculos subordinativos" entre as duas facções nem compromisso de abastecimento de drogas e armas. Cada uma cuida do transporte de seu contrabando e as duas facções usam a mesma rota para transportar armas e drogas do Paraguai, passando por Mato Grosso do Sul ou pelo Paraná. Segundo o documento, "São Paulo é de importância fundamental para os traficantes do Rio de Janeiro", por causa da localização.

A relação amistosa permite que os traficantes fluminenses armazenem armas e drogas em São Paulo até que sejam divididas em lotes e fiquem prontas para serem enviadas ao Rio. Em alguns casos, PCC e CV negociam juntos a compra de armamentos. "Após o estabelecimento da relação entre o CV e o PCC, no cenário fluminense, foi possível perceber reflexos dessa união através de alguns fatos, tais como apreensões de armamentos (no Rio) com a marcação da sigla do PCC ou marcação conjunta de PCC e CV.

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