Segundo o delegado Rubens Recalcatti,
a quadrilha pode ser uma das
maiores do Paraná.

A polícia apresentou à imprensa, na tarde desta segunda-feira, uma quadrilha especializada em roubo de caixas eletrônicos, que tinha como sede uma mansão no Parque Barigüi, uma das áreas mais nobres de Curitiba. Os sete acusados foram presos na madrugada de sábado, depois de perseguição e troca de tiros com policiais da Delegacia de Furtos e Roubos, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos.

Ao todo, cerca de quarenta policiais estiveram envolvidos na megaoperação. Com os presos foram encontradas peças de caixas eletrônicos, um maçarico e armas. Segundo um dos delegados responsáveis pelas investigações do caso, Rubens Recalcatti, da Delegacia de Furtos e Roubos, pelo menos outras seis pessoas suspeitas de envolvimento com a quadrilha estão foragidas. “Acreditamos que esta é uma das maiores quadrilhas de roubo de caixas eletrônicos do Paraná, com conexões em Santa Catarina e São Paulo”, disse.

A megaoperação começou com o atendimento a uma ocorrência policial na agência do Banco do Brasil, no bairro Hugo Lange. Depois que o alarme do banco soou, a polícia foi avisada através de rádio, mas o delegado Rubens Recacatti, que passava pelo local na volta para casa, se adiantou e, sozinho, abordou os bandidos. Segundo Recalcatti, ele viu cerca de dez homens saindo da agência e uma van branca se aproximando. Os homens já haviam retirado da agência um caixa eletrônico contendo R$ 49.200,00. O delegado deu voz de prisão aos ladrões es passou a ser alvo de tiros. Enquanto a perseguição e o tiroteio aconteciam, uma equipe de policiais do Cope se deslocava para o local. Quando o reforço chegou, os policiais prenderam o motorista do carro Ailton dos Santos, 36.

Barigüi

Ao mesmo tempo, uma equipe da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, estava em campana há cinco horas em frente a uma mansão que margeia o lago do Parque Barigüi. O objetivo era verificar denúncias sobre a existência de uma quadrilha de roubo de carros e motos na casa. Mas os policiais receberam informações que dentro da casa estariam escondidos outros integrantes da quadrilha que havia acabado de assaltar o Banco do Brasil. Quando entraram na mansão, os policiais encontraram várias peças de caixas eletrônicos.

Foram presos no local Ademar de Assis, 29, Cláudio Márcio Teixeira Pedro, 41, Edson Teixeira Pedro, 36, e Roque Alionso dos Reis, 35. Segundo a polícia, eles confirmaram a ligação com o assalto frustrado da agência do Banco do Brasil, no Hugo Lange. Todos foram encaminhados para a Delegacia de Furtos e Roubos. Duas mulheres que também estavam na mansão e uma adolescente foram ouvidas pela polícia e depois liberadas, mas serão indiciadas no inquérito. Na mesma casa a polícia também encontrou caixas vazias de jóias. “Acreditamos que outra quadrilha, especializada em jóias, também usava a casa como central”, explicou Recalcatti.

Na busca aos foragidos que participaram do roubo de caixas eletrônicos, os policiais conseguiram prender ainda Valmir Alves dos Santos, 24, um dos ocupantes da van branca que seria usada no assalto. Ele estava no bairro Parolin, em Curitiba. Também foi preso Joel Vieira dos Santos, o proprietário do veículo. Ele foi até a delegacia de Furtos e Roubos de Veículos para prestar queixa do suposto roubo da van. Segundo Recalcatti, ele tentou mostrar que não estava envolvido com os roubos de caixas eletrônicos, mas acabou preso por falsa comunicação de crime

continua após a publicidade

continua após a publicidade