As polícias Civil e Militar do Paraná apreenderam, na noite de segunda-feira, 125 quilos de explosivos, abandonados em um sítio nas proximidades de Nova Tebas, região central do Paraná. O material, próprio para demolição, estava armazenado em cinco caixas e foi encontrado ao lado da PR-487 por um homem que passava pelo local. De acordo com o diretor do Instituto de Criminalística, Ari Fontana, o explosivo tipo E, gelatinoso, conhecido como nitroglicerina, teria a capacidade de derrubar um prédio de quatro andares. "A quantidade encontrada é preocupante", disse o diretor.
Depois de ser informado do material suspeito, o proprietário da área acionou o delegado de Pitanga, Juraci Lopes, responsável pela região, e a Polícia Militar de Nova Tebas e Guarapuava. No local, os policiais não encontraram detonadores, o que diminuía o risco de explosão. O material foi recolhido por volta das 2h30, madrugada desta terça-feira e encaminhado ao 16.o Batalhão da PM, em Guarapuava.
De acordo com a polícia, o explosivo encontrado só pode ser vendido com a autorização do Exército. O delegado de Pitanga, responsável pelas investigações, trabalha com as possibilidades de a carga ter sido roubada ou desviada. Entretanto, a empresa fabricante já foi consultada pela polícia e informou que não tem conhecimento de furto ou roubo de algum carregamento.
Juraci Lopes pretende chegar ao nome do dono dos explosivos através do número do lote marcado no material apreendido. Através desse código, a empresa fabricante consegue identificar o nome do comprador. A polícia ainda não tem pistas sobre o destino que seria dado à nitroglicerina. A Delegacia de Explosivos, Armas e Munições, da Polícia Civil do Paraná, acompanha as investigações.
De acordo com as informações da PM, este não é o primeiro caso envolvendo explosivos na região de Nova Tebas. Em 1997, uma torre de transmissão da cidade foi destruída. A polícia ainda teve tempo de salvar uma segunda torre, onde os explosivos já estavam prontos para ser detonados.
