Polícia alerta sobre falsos e-mails de bancos e de lojas

São Paulo (AE) – O falso banco e o cavalo de Tróia são os principais golpes contra correntistas de banco aplicados pela internet, por obra da associação entre estelionatários e hackers. Os golpistas desviam o dinheiro das contas das vítimas para contas de laranjas, de onde sacam o dinheiro. Os valores dificilmente passam de R$ 5 mil, mas como cada quadrilha frauda centenas de contas, o prejuízo do banco pode superar milhões.

Faz pouco mais de cinco anos que a polícia descobriu o primeiro golpe. Localizou a casa do suspeito, numa cidade do interior de São Paulo. "Eu jurava que o hacker era o adolescente", disse o delegado Ruy Ferraz Fontes, da Delegacia de Roubo a Bancos. Não era. Depois de um mês de vigilância,a polícia descobriu que era a mãe do rapaz quem estava limpando as contas de um banco.

A polícia paulista tem uma Delegacia de Crimes em Meios Eletrônicos. Segundo seu titular, Antonio Augusto Rodrigues da Silva, as fraudes pela internet ocupam o terceiro lugar entre os crimes mais registrados na delegacia – só perdem para os casos de calúnia e difamação e os de pedofilia. "As pessoas devem entender que o computador é como um carro, em que você troca pneu e faz revisão. Assim também deve ser com o programa antivírus."

Cada vez mais engenhosos, os golpistas jogam com a curiosidade das pessoas. O caso mais recente é o de falsos e-mails de lojas pedindo a confirmação de uma compra. Tudo parece ser verdadeiro, pois a mensagem é quase idêntica às das lojas. Só que a pessoa não fez a compra. O e-mail é o dela, mas os demais dados são incorretos, como nome, CPF, endereço. Há ainda um link dizendo "clique aqui se os dados estiverem incorretos para cancelar o pedido". Como ninguém quer pagar pelo que não comprou, acaba clicando. Pronto. O vírus do cavalo de Tróia acaba de ser instalado. Com ele, o hacker terá acesso a tudo o que a pessoa digitar no micro dela.

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