Os policiais acreditam que a ordem para seqüestrar os funcionários da TV Globo saiu de dentro de um presídio, ainda não identificado. E já sabem que, pelo menos, seis pessoas participaram do seqüestro. O Ministério Público designou dois promotores para acompanhar o caso.

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A suspeita mais forte da polícia é que a ordem tenha partido de presos de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo. É que na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes, está Marcos Camacho, o Marcola, apontado como chefe da quadrilha que promoveu os ataques em São Paulo.

A polícia investiga também se o chileno Mauricio Norambuena – seqüestrador do publicitário Washington Oliveto – teria ajudado a planejar o seqüestro dos funcionários da TV Globo. Ele também está em Presidente Bernardes, no regime disciplinar diferenciado.

Um alívio depois de mais de 40 horas de incerteza e sofrimento. Nos primeiros minutos de hoje, o repórter Guilherme Portanova voltou para o convívio da família, dos amigos e de seus colegas de trabalho. Um drama que começou no sábado de manhã quando Portanova e o auxiliar técnico Alexandre Calado foram rendidos numa padaria, perto da sede da TV Globo em São Paulo.

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Guilherme Portanova foi libertado no começo da madrugada e chegou perguntando pelos pais. Na redação, o reencontro. "A angústia que senti durante esse tempo todo já não cabia mais em mim. Cada hora que passava parecia uma semana. É terrível", disse a Maria Elisabeth Azevedo, mãe de Guilherme. "A única coisa que eu consegui dizer naquele momento foi eu te amo muito, muito e que bom que você está vivo", disse o pai Milton Portanova.

O repórter ficou mais de 40 horas em poder dos bandidos. "Fui colocado no porta-malas. Eles me deixaram e eu caminhei sem olhar para trás como eles tinham orientado. Eu caminhei uma quadra ou duas e cruzei com um carro de uma empresa de segurança. Pedi ajuda para eles e eles me deram uma carona até aqui", contou Portanova.

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