Quatro projetos brasileiros de desenvolvimento sustentável receberam hoje, Dia Internacional de Combate à Pobreza, US$ 30 mil do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), como reconhecimento a suas contribuições para a melhoria da qualidade de vida das populações.
A Cooperativa dos Produtores de Ostras de Cananéia (Cooperostra), no litoral paulista, e a Associação Viva Verde da Amazônia (Avive), o Projeto Couro Vegetal e a Bolsa Amazônia, todos realizados com comunidades da floresta, foram finalistas do prêmio Iniciativa Equatorial do Pnud.
Foram selecionados 27 finalistas dentre 420 nomeações de 77 países cortados pelo Equador. O Pnud selecionou 6 vencedores – entre eles a Avive – mas acabou estendendo o prêmio a todos os finalistas. Os projetos têm como foco a exploração sustentável dos recursos naturais como forma de produzir renda e desenvolvimento. “Não é a pobreza que causa degradação do ambiente; é a degradação ambiental que faz aumentar a pobreza”, disse Augusto Jucá, oficial do Pnud no Brasil.
A Avive é uma associação de mulheres no município de Silves, no Amazonas, que trabalha com a produção de remédios e cosméticos naturais. A Bolsa Amazônica representa empreendimentos de exploração sustentável dos produtos florestais – desde alimentos até produtos industrializados.
Já o Projeto Couro Vegetal trabalha com um produto específico, desenvolvido pelos seringueiros e aperfeiçoado para a fabricação de bolsas: tecido emborrachado com látex vulcanizado. Por último, a Cooperostra reúne 48 famílias de Cananéia para a criação de ostras em viveiros. Além de não agredir o manguezal, o projeto duplicou a renda dos extrativistas.