Pneus usados ainda são problema ambiental no Brasil

O que fazer com pneus usados é um desafio enfrentado pelo mundo todo, uma vez que trata-se de produto não biodegradável. "Os pneus são descartados indiscriminadamente. São jogados em córregos e cursos d?água, o que significa barreiras e enchentes. No fundo de nossos quintais significam água parada e um repositório para o mosquito da dengue. Carcaças queimadas a céu aberto liberam monóxido de carbono para a atmosfera", diz o secretário de qualidade ambiental do meio Ambiente, Victor Zveibil.

Segundo ele, mesmo os poucos pneus velhos coletados vão para as chamadas cimenteiras, onde são queimados. Para agravar a situação, a maior parte das cidades brasileiras tem lixões, e não aterros sanitários. "Não há uma tecnologia suficientemente adequada e viável do ponto de vista financeiro para a reciclagem de pneus", revela.

O secretário conta que há experimentos de reutilização de pneus em asfalto, por exemplo. A tecnologia esbarra no sistema ineficiente de coleta de carcaças. "Para que se possa ter a quantidade de pneus suficiente para essa utilização, é preciso ter um sistema eficiente de coleta do pneu usado, este é um dos problemas que o projeto de lei busca enfrentar", explica.

Uma resolução do Conama de 1999 concedia um prazo de 3 anos para que os fabricantes de pneu se preparassem para um sistema de retorno e reutilização adequada dos pneus usados. A resolução estabelecia que, em 2002, os fabricantes deveriam recolher um pneu para cada 4 produzidos. Em 2003, para cada dois novos deveriam recolher um. Em 2004, a coleta deveria ser de um pneu usado para cada pneu produzido. E em 2005, a proporção deveria ser de 5 coletados para 4 produzidos, para recuperar o passivo ambiental. "De 2004 para 2005 os fabricantes tiveram dificuldade de atingir estes números. Nossa visão é de que o sistema de retorno não está adequadamente montado", diz.

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