PMDB tende a aderir em bloco ao governo em 2007

A cúpula do PMDB trabalha para, atendendo a exigência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentar fechar o apoio do partido ao governo em bloco – ou pelo menos com a grande maioria de seus integrantes. Para isso, planeja armar uma ‘saída honrosa’ para os peemedebistas que ficaram na oposição no primeiro governo petista: convocar o Conselho Político do partido para opinar sobre o apoio. As lideranças acreditam ser possível costurar a unidade interna em 15 dias e assim abrir caminho à negociação do espaço no futuro governo de coalizão.

A conversa formal de Lula com o PMDB ainda não aconteceu, mas a expectativa é de que se realize nos próximos dias.

O presidente nacional da legenda, deputado Michel Temer (SP), começou a ouvir os peemedebistas ontem em busca de um consenso e planeja convocar o Conselho Político daqui a duas semanas, para uma manifestação oficial do partido. A idéia é que pelo menos 80% dos cerca de 130 conselheiros – entre deputados, senadores, líderes, ex-líderes e ex-presidentes do partido – aprovem a tese do apoio.

"O que se busca agora é a unidade, porque o PMDB dividido o governo já tem", observou Temer. Ele não tem dúvidas de que só será possível falar em coalizão se houver a integração mais ampla do partido. "A única forma de obter a unidade partidária que se deseja é reunindo o Conselho Político", disse. A cúpula governista apóia a idéia porque considera que o conselho pode ser a saída confortável que a ala até agora oposicionista reclamava para aderir ao governo – ainda que na condição de voto vencido.

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