Os seis governadores do PMDB (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco e Distrito Federal) estão reunidos neste momento com a direção nacional do partido, as bancadas na Câmara e no Senado e os presidentes regionais da legenda para discutir a relação com o governo Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro está sendo realizado a portas fechadas, em um hotel, em Brasília.

Segundo o presidente do partido, deputado Michel Temer, a decisão sobre o afastamento ou não do PMDB do governo só será tomada em convenção nacional a ser convocada para o dia 15 de dezembro. Temer defendeu a independência do partido em relação ao governo. “E ser independente é não estar com cargos no governo”, afirmou Temer, ao chegar para a reunião. Ele salientou que de qualquer forma o partido não sairá do governo para fazer oposição radical. “Oposição radical é incompatível com o partido que está no governo”, disse.

Os governadores Roberto Requião (PR) e Germano Rigotto (RS) chegaram afinados no discurso em favor da independência do PMDB, defendendo a entrega dos cargos. O governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, propôs não só que o partido saia do governo, como também que faça oposição a Lula. Os setores que defendem uma decisão rápida , como a regional do Sul, vão propor na reunião que a própria Executiva dê a palavra sobre o assunto. Para o deputado Eliseu Padilha (RS) não há necessidade de convocar uma convenção para esse assunto, porque a Executiva foi quem decidiu ingressar no governo. Portanto tem poderes para mudar a posição.
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